14 de novembro de 2012

O dia de observância é realmente a questão central no fim, ou os adventistas estão vivendo num mundo de fantasia?

(Todo o texto fora destes parênteses foi escrito por John Paulien, Ph. D., chefe do Departamento de Novo Testamento do Seminário Teológico da Universidade Andrews, em Michigan, EUA, e traduzido por Azenilto Brito.)

O dia de observância é realmente a questão central no fim, ou os adventistas estão vivendo num mundo de fantasia?
Quando o mundo defrontar o consumado engano no fim dos tempos, haverá alguma maneira simples de o povo de Deus saber de que lado está? Tradicionalmente, os adventistas do sétimo dia têm apontado à questão sábado/domingo como o enfoque central da crise final. Os adventistas tendem a sentir que os que observam o sábado não serão enganados quando o fim chegar.
Essa posição tradicional, contudo, está sendo crescentemente rejeitada por adventistas mais jovens por duas razões principais. Por um lado, a palavra sábado nem sequer aparece no livro de Apocalipse. Como poderia a observância do sábado ser um tema central na crise final quando a palavra nem aparece no referido livro bíblico?
Em segundo lugar, a questão sábado/domingo não se apresenta como relevante no mundo moderno. Se formos falar a uma pessoa secularizada “Você deve freqüentar a igreja aos sábados, em vez de aos domingos”, ela provavelmente responderia: “Que tipo de gente argumentará sobre uma tolice dessas? Por que devo preocupar-me em ir a uma igreja, afinal de contas?”
Muitos adventistas, em resultado disso, ficam a imaginar se nossa ênfase na questão sábado/domingo é um mero vestígio da experiência da Igreja com a lei dominical nacional que foi debatida no Congresso, nos anos da década de 1890. Agora, cem anos depois, os Estados mais e mais estão removendo leis dominicais de seus estatutos, e o ambiente secular em grande medida faz pouco caso de tais preocupações. Seria possível que o clima dos anos daquele fim de século 19 levou os adventistas a lerem errado o Apocalipse? O dia de observância é realmente a questão central no Fim, ou os adventistas estão vivendo um mundo de fantasia?
O tema tratado em Apocalipse 13 e 14
O melhor lugar para começar a responder as perguntas acima é volvermos a Apocalipse 12:17: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus.”
Esse texto sugere duas características identificadoras do remanescente no tempo do fim. (1) Obedecem aos mandamentos de Deus e (2) apegam-se ao testemunho de Jesus. Essas características são repetidas em Apocalipse 14:12: “Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.”
Em ambos os textos, o remanescente no tempo do fim é composto de pessoas que obedecem aos mandamentos de Deus. Essa caracterização do remanescente deixa implícito que os mandamentos de Deus de algum modo serão a questão entre o povo fiel de Deus e aqueles que são enganados. E uma vez que muitos dos mandamentos (tal como a proibição de roubar) são normalmente reconhecidos, é pertinente perguntar se o Apocalipse concentra o enfoque do conflito em um ou mais mandamentos em particular. Isso de fato é o que se dá.
O cenário do conflito entre o dragão e o remanescente tem por centro uma simples palavra que aparece vez após vez em Apocalipse 13 e 14 — “adoração”. Em Apocalipse 13:4 – “e adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta.” Em Apocalipse 13:8 – “E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a Terra.” Em Apocalipse 13:12, os habitantes da Terra são forçados a adorar a primeira besta, e em Apocalipse 13:15 são forçados a adorar a imagem da besta. E assim prossegue (Apoc. 14:6, 9-11).
Oito vezes em Apocalipse 13 e 14 atenção é dada à adoração. É a palavra crucial por toda essa seção do livro. No fim, a verdade-teste para o mundo centraliza-se na questão da adoração apropriada. Nada há de novo nisso. Desde o princípio, os irmãos Caim e Abel dividiram-se a respeito da questão da adoração (Gên. 4:3-9). Sobre o Monte Carmelo a questão era adoração (I Reis 18:16-46). Quando Satanás tentou a Jesus no deserto, a questão fundamental era adoração (Mat. 4:8-10). Acaso esse enfoque sobre adoração chama nossa atenção a certos mandamentos em particular? Sem dúvida, os primeiros quatro mandamentos — a chamada primeira tábua de pedra da lei — preocupam-se diretamente com nosso relacionamento para com Deus e com a Sua adoração.
(Continua…)
Não nos devia surpreender, portanto, que a trindade iníqua descrita em Apocalipse 13, não só oferece uma contrafação das Pessoas da Divindade, como também dos primeiros quatro mandamentos. O primeiro mandamento diz: “Não terás outros deuses diante de Mim”, mas a besta do mar toma o lugar de Deus por receber ela própria adoração (Apoc. 13:4 e 8). O segundo mandamento adverte contra o culto às imagens, contudo a besta que sobe da terra estabelece uma imagem a ser adorada (Apoc. 13:14 e 15). O terceiro mandamento diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão”, mas a besta procedente do mar tem nomes de blasfêmia escritos sobre si por toda parte (Apoc. 13:1, 5 e 6).
O quarto mandamento declara: “Lembra-te do dia do sábado.” As antigas tábuas de concerto (documentos de contrato) eram seladas no centro com um selo de posse e autoridade. Uma vez que os dez mandamentos seguem a forma das antigas tábuas de concerto, não devemos nos admirar de que também tenham um selo de posse e autoridade ao centro, o mandamento do sábado.
“Porque em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar, e tudo quanto neles há, mas ao sétimo dia descansou. Por isso, abençoou o Senhor o dia de sábado, e o santificou”. Êxo. 20:11.
A declaração acima é o único lugar nos dez mandamentos onde a base da autoridade de Deus sobre toda a criação é definida (Ele é o Criador). Esse conceito de um selo é importante no Apocalipse também. Os 144 mil são selados em suas frontes (Apo. 14:1; ver Apoc. 7:3 e 4; Êxo. 31:13 e 17). A trindade iníqua oferece um selo falsificado também, a marca da besta (Apoc. 13:16 e 17). Destarte, todos os quatro mandamentos na primeira tábua da lei sofrem o ataque da trindade iníqua de Apocalipse 13. A primeira tábua da lei jaz ao centro da batalha entre o dragão e o remanescente.
Essa ênfase sobre os primeiros quatro mandamentos surge de outros modos em Apocalipse 13 e 14. Seguidores da besta são assinalados na testa ou na mão. Esse conceito faz recordar o que muitos judeus consideram o texto mais importante da Bíblia hebraica: “Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.” Deut. 6:4 e 5.
Jesus considerou essas palavras uma síntese da primeira tábua da lei (ver Mat. 22:37-40). Se você ama a Deus de todo o coração, não servirá a outros deuses, não cultuará ídolos, não blasfemará contra o Seu nome e não dedicará outro dia a Deus. Sob tal perspectiva, notemos as palavras de Deuteronômio 6:8: “Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos.”
Claramente a marca da besta é uma contrafação da primeira tábua da lei. Outra referência à primeira tábua da lei se acha em Apocalipse 14:6 e 7. Essa passagem oferece as mesmas motivações para obediência que se podem achar na primeira tábua da lei. O que é uma motivação? É um incentivo para fazer o que se pede para alguém cumprir. Minha esposa e eu passamos quase dez anos treinando crianças a usarem o toalete do banheiro. As pessoas indicavam-nos todo tipo de motivação para levar os pequenos a realizarem o que queríamos que fizessem. Um exemplo de motivação positiva sugerida era biscoitos. “Faça isso (a coisa certa) que ganhará isto!” Um exemplo de motivação negativa era uma colher de madeira. “Faça isso (a coisa errada) e você ganhará isto!”
A primeira motivação para observar os mandamentos tem que ver com salvação, uma motivação positiva. “Sendo que Eu fui quem os trouxe da escravidão do Egito, por que iriam desejar servir a algum outro deus?”(Êxo. 20:1-3). A segunda motivação é mais negativa, a motivação do julgamento: “Sendo que Eu sou o Deus que puno os idólatras, por favor, levem a sério estes mandamentos!” (Êxo. 20:4-6). Todos os pais têm tido que empregar esse tipo de motivação uma vez ou outra. A terceira motivação está no quarto mandamento: “Porque em seis dias o Senhor fez os céus e a Terra” (Êxo. 20:11). Essa é a motivação da Criação. “Uma vez que Eu o criei, sei o que lhe é melhor.”
Apocalipse 14:6-7 estabelece essas mesmas três motivações no contexto do fim. O primeiro anjo tem o “evangelho eterno” (Apoc. 14:6), a motivação da salvação. Ele também adverte que “é chegada a hora do Seu juízo” (Apoc. 14:7). E apela a todos para adorarem ao Criador (Apoc. 14:7). A mensagem do primeiro anjo, portanto, contém as mesmas motivações como na primeira tábua da lei. O texto de Apocalipse 13 e 14 oferece, pois, várias indicações de como o modo pelo qual nos relacionamos com a primeira tábua da lei é a questão básica no fim.
Uma desculpa costumeira quando um crente nas Escrituras comete um deslize ético é algo como: “Satanás trabalha mais duro para levar o povo de Deus a pecar e parecer mau. Ele não precisa se empenhar tanto com aqueles que não servem a Deus.” Isso provavelmente seja verdade. Mas pode haver uma explicação adicional.
No livro de Apocalipse a grande questão no tempo do fim tem que ver com a primeira tábua da lei. Os que estão aguardando a volta de Jesus se preocuparão com a adoração apropriada. Por outro lado, no Evangelho de Mateus a grande preocupação do fim é a segunda tábua de pedra. Os que estão no aguardo de Jesus se preocuparão com as pessoas. Tratarão os outros do modo como Cristo os tratou. Mateus tem uma ênfase ética, Apocalipse uma ênfase teológica. O contexto é a razão para a diferença. Em Mateus os discípulos são ouvintes das instruções. Para eles a verdade-teste no fim é como tratar as pessoas. Em Apocalipse 14 a mensagem é para o mundo. E para o mundo, a verdade-teste no fim tem que ver com o relacionamento fundamental da pessoa com Deus.
Nossa ênfase central é tanto a lealdade para com Deus quanto a ênfase mais ética de Mateus. Ambas as ênfases são claramente de suprema importância. Assim, no evangelismo não se deve negligenciar levar em conta a ênfase ética ao acentuarmos coisas tais como a adoração a Deus pela guarda do sábado, a marca da besta, o dizimar e outros aspectos de nosso relacionamento direto com Deus. Seria possível que uma pessoa ofereça “verdades-teste” para o mundo (a primeira tábua da lei) por tanto tempo que passe por alto a “verdade-teste” para nós próprios (a segunda tábua da lei)?
(Continua…)
O sábado em Apocalipse 14
Retornando à questão principal deste [estudo], torna-se evidente que a questão crucial para o mundo no fim é como se relacionar com a primeira tábua da lei. Mas é possível avançar um passo mais e dizer que o mandamento do sábado é, em certo sentido, a questão derradeira na crise final? Creio que sim. Mas a fim de demonstrar a centralidade do mandamento do sábado, é necessário discutir brevemente o relacionamento do livro de Apocalipse com o Antigo Testamento.
Conquanto o livro de Apocalipse esteja repleto de referências ao Antigo Testamento, nunca o cita diretamente. Apenas faz alusão a ele com uma palavra aqui, uma frase acolá. Descobrir que textos do Antigo Testamento o Revelador está referindo em dado ponto pode ser uma questão complicada. Há somente uma pequena quantidade de lugares no Apocalipse onde se pode encontrar quatro, cinco ou seis palavras em comum com a fonte veterotestamentária. Essas estão, logicamente, entre as mais claras menções ao Antigo Testamento no Apocalipse. Um desses lugares é a última parte de Apocalipse 14:7: “Adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.”
Que texto veterotestamentário se tem em mente aqui? Em meu texto grego, terceira edição da United Bible Societies, que certamente não tem intenção de promover o adventismo, a margem indica que a sentença acima é uma alusão a Êxodo 20:11, o quarto mandamento. Qual é o significado dessa citação? Simplesmente esta: sete vezes em Apocalipse 13 e 14 a palavra “adoração” é aplicada à trindade iníqua. “Eles adoraram o dragão”; “adorar a besta”; “adorar a imagem da besta”. Somente uma vez nessa seção inteira há um apelo a adorar o verdadeiro Deus. Se o verdadeiro culto versus o falso é a questão central do tempo do fim, esta passagem (Apocalipse 14:7) é o texto central da seção, possivelmente do livro inteiro. Quando o Apocalipse finalmente chega ao ponto de apelar às pessoas para adorarem o verdadeiro Deus, fá-lo no contexto do quarto mandamento — o do sábado. Num sentido especial, portanto, o autor de Apocalipse considerou o sábado a questão crucial na crise final.
Em ambos os textos (Apocalipse 14:7 e Êxodo 20:8-11) o chamado para adorar tem lugar no contexto da Criação. Uma das melhores razões para adorar a Deus é o fato de que Ele nos criou (esse é também o tema de Apocalipse 4:9-11). Como memorial da Criação, o sábado aponta continuamente a Deus como objeto de culto. A questão na crise final, portanto, não se limita ao sábado, mas o sábado é parte integral da questão.
A relevância do sábado
Quem se importa, por outro lado, com o que João, Revelador, ensinou? Sua inspirada opinião não resolve o aspecto da relevância. Há algo sobre a questão do sábado que o torne digno de se chamar a ele a atenção do mundo todo, a despeito do fato de que parece tão fora da realidade para as pessoas de nossa época? Por que iria Deus apanhar uma questão como essa como o enfoque central na crise do tempo do fim? Eu gostaria de sugerir três razões.
Uma das razões é que o sábado, devidamente compreendido, é a resposta ideal ao evangelho. O evangelho nos fala que Jesus Cristo obteve para nós o que não poderíamos conquistar por nós mesmos: o direito de estarmos em correta postura diante de Deus (Rom. 3:21-24). Somente Deus é santo (Apoc. 15:4), contudo, por causa de Seus poderosos atos em Cristo, o Seu povo é capaz de apresentar-se justo diante dEle, pela fé agora e pela vista, no fim (Apoc. 15:2-4; cf. Apoc. 12:11). Conquanto a Bíblia nos incentive a servir a Deus e uns aos outros (Mat. 25:31-46), nada podemos acrescentar à perfeita obra de Cristo que nos torne justos diante de Deus. A única resposta apropriada a essa obra perfeita é um espírito penitente que descanse em Sua obra consumada.
(Continua…)
O sábado é a resposta ideal ao evangelho porque se fundamenta sobre o princípio do descanso após uma obra concluída. Como na primeira criação Deus agiu, depois descansou, também na nova criação Jesus realizou Sua perfeita obra de justiça: morreu na cruz (declarando “Está consumado”), e descansou na tumba no dia de sábado. Quando os indivíduos descobrem o evangelho, o sábado pode ser um constante lembrete de descansar da infindável luta. É tão natural e humano tentar conquistar nossa salvação. Precisamos de um lembrete de que a primeira obra do cristão é repousar no que Cristo já realizou.
“Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus. Pois aquele que entrou no descanso de Deus, esse também descansou de suas obras, assim como Deus das Suas. Ora, à vista disso, procuremos diligentemente entrar naquele descanso…” Heb. 4:9-11.
Uma segunda razão por que o mandamento do sábado se tornará o centro da atenção no fim é que é uma forma ideal de testar se a pessoa é verdadeiramente leal a Deus. O mandamento do sábado é diferente dos demais nove mandamentos. Todos os outros têm uma certa base na razão e interesse próprio – afinal de contas, os princípios da segunda tábua da lei (como nos relacionamos com outros) são o fundamento do governo na maioria dos países. “Não matarás” é lógico para qualquer pessoa que não deseja ser morta. “Não furtarás” faz sentido para qualquer um que deseje proteger suas posses conquistadas com dificuldade. Se eu revelar um padrão de mentira, isso tornará mais difícil que as pessoas sejam honestas para comigo. Ordens como essa são razoáveis e até contêm certa dose de interesse próprio. O mesmo se aplica aos primeiros três mandamentos concernentes a nosso relacionamento para com Deus. Se Deus é quem reivindica ser, não faz sentido adorar algum outro. Não faz sentido cultuar um ídolo sem vida. Decerto não faz sentido em absoluto blasfemar contra o Seu nome.
A outra parte dos Dez Mandamentos que não tem lógica é o mandamento para observar o sábado, em vez de qualquer outro dia. Tal mandamento é tão destituído de lógica e interesse próprio que as pessoas de mentalidade secular acham fácil ignorá-lo. Afinal de contas, ninguém tem sido capaz de demonstrar cientificamente uma diferença significativa entre o dia de sábado e qualquer outro dia da semana. O sol brilha e a chuva cai do mesmo modo costumeiro. A Terra continua a girar em sua órbita em torno do sol. A única diferença entre o sábado e os demais dias é que o próprio Deus fez uma distinção entre eles. Observar o sábado é tomar a Deus por Sua palavra a despeito do fato de que os cinco sentidos não podem perceber qualquer evidência de que fazê-lo seria razoável.
É exatamente essa “irrelevância” que torna o sábado um teste ideal de lealdade no tempo do Fim. Não pode haver um teste real de lealdade onde não esteja envolvido o interesse próprio. Se eu tivesse que lhe dizer “Desejo ver quão fiel você é para comigo. Coloquei mil reais debaixo de um arbusto fora de sua casa. Se você for de fato leal para comigo, poderá apanhar o dinheiro agora mesmo e gastá-lo com o que quiser”. É esse um bom teste de lealdade? Não me parece. A maioria alegremente iria fazer o que eu sugeri, mesmo sem gostar de mim! Por quê? Porque é de seu próprio interesse fazê-lo.
O real teste de lealdade ocorre quando não há interesse próprio envolvido. Deus simplesmente diz: “Faça isso porque Eu lhe pedi para fazê-lo.” O teste do sábado nos faz lembrar o teste original no Jardim do Éden. Um pedaço de fruta que estou certo ter sido muito saborosa. Provavelmente era também nutritiva. A única razão para não comê-la estava no fato de que Deus assim havia ordenado.
No fim, o sábado torna-se o teste ideal para ver se servimos a Deus por causa do que Ele é, ou se O servimos somente pelo que podemos dEle obter. Quando a guarda do sábado se apresenta às expensas de emprego, família ou mesmo da própria vida, o Universo saberá que o povo de Deus O serve de todo o coração. E o povo de Deus conhecerá o preço integral da lealdade.
Finalmente, creio que o sábado é importante no fim porque é uma parcela de seguir a Jesus de modo integral. Quando Jesus esteve sobre este planeta, nunca observou o domingo. Ele observava o sábado. Ele estabeleceu um exemplo de observância do sábado. Se desejarmos seguir a Jesus integralmente, nós O seguiremos também em Sua observância do sábado. E podemos saber que a perfeita observância do Seu sábado cobre nossas honestas falhas de alcançar o ideal de repousar em Sua obra concluída.
A Bíblia nos diz, portanto, que o mandamento do sábado em Apocalipse 14:7 é a contradição aos enganos dos últimos tempos que são tão severos que a plena evidência dos sentidos indica que a trindade iníqua está correta e que o povo de Deus está errado. Numa época de grandes enganos, um teste de lealdade aparentemente arbitrário como nos é oferecido no Apocalipse tem particular força. Somente aqueles que são inteiramente dedicados a Deus e a Seus mandamentos O obedeceriam a despeito da evidência de seus sentidos.
Quando o mundo está caindo aos pedaços e todo vento de doutrina está soprando, plena lealdade a Deus se demonstrará a única alternativa sensata pela qual viver.
John Paulien, Ph. D., Chefe do Departamento de Novo Testamento do Seminário Teológico da Universidade Andrews, em Michigan, EUA.
Tradução: Azenilto Brito.

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