27 de fevereiro de 2015

Lição 10 - Por trás da máscara de 28 de fevereiro a 7 de março

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Sábado à tarde - Ano Bíblico: Dt 11–13


VERSO PARA MEMORIZAR:

“Não se engrandeça na presença do rei, e não reivindique lugar entre os homens importantes” (Pv 25:6).


Leituras da Semana:

Pv 25:2, 3; 26:11, 12; 1Co 1:20, 21; Pv 26:13-16; 27:5, 6 

Por trás da deslumbrante serpente que proferia palavras suaves e que parecia estar preocupada com a felicidade de Eva se escondia o inimigo, que planejava sua morte (Gn 3:1-6). Disfarçado como “anjo de luz”, Satanás prepara as mais perigosas armadilhas para os seres humanos (2Co 11:14). Mas, ainda mais perigoso e enganoso do que as armadilhas de Satanás, é nosso fingimento. Quando afirmamos ser o que não somos, acabamos enganando os outros e até a nós mesmos.

Há diversas maneiras de enganar. Uma das mais comuns é por meio da linguagem. Alguns dos provérbios desta semana tratam das palavras: palavras mentirosas, palavras lisonjeiras, palavras bonitas que usam sons agradáveis e sentimentos maravilhosos para cobrir maus pensamentos e intenções. Precisamos ser cuidadosos não só com o que dizemos aos outros, mas com nossa maneira de interpretar o que outros nos dizem. Talvez a mensagem desta semana possa ser resumida desta forma: “Eis que Eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10:16).

Dez horas de oração e jejum. Oração nos últimos dias: Hoje vamos orar pela nossa preparação para os eventos finais do mundo.

Domingo - Ano Bíblico: Dt 14–17

O mistério de Deus


A vida é cheia de mistérios. O físico David Deutsch escreveu: “Os eventos cotidianos são estupendamente complexos quando expressos em termos da física elementar. Se você enche uma chaleira de água e a coloca no fogo, nem todos os supercomputadores da Terra, trabalhando durante o número de anos que constitui a idade do Universo, poderiam resolver as equações que predizem o que todas aquelas moléculas de água irão fazer – mesmo que, de alguma forma, pudéssemos determinar o estado inicial delas e o de todas as influências externas que atuam sobre elas, o que, em si, é uma tarefa impraticável” (David Deutsch, 21/07/2011. The Beginning of Infinity: Explanations That Transform the World . Penguin Group, edição eletrônica para tablets Kindle, localizadores 1972-1975).
Se ficamos confundidos com algo tão comum como moléculas de água, como podemos esperar sequer começar a entender os mistérios de Deus?

1. Leia Provérbios 25:2, 3. Que ideia o autor está enfatizando, e como podemos aplicá-la a uma situação mais ampla?

O que torna a glória de Deus diferente da glória dos reis é Sua natureza “misteriosa” e, por implicação, nossa incapacidade humana de compreendê-Lo plenamente. A raiz hebraica str (encobrir, ocultar), da qual vem nossa palavra mistério, é frequentemente usada nas Escrituras Hebraicas (isto é, o AT) para caracterizar o que torna nosso Deus o único e verdadeiro (Is 45:14, 15). Há coisas sobre Deus que simplesmente não podemos entender. Por outro lado, o que constitui a glória dos reis é sua disposição para serem investigados. A transparência e a prestação de contas devem ser a primeira qualidade da liderança (Dt 17:14-20). É dever do rei esquadrinhar as coisas a fim de que possa dar uma explicação para os acontecimentos e para o que ele estiver fazendo.

A vida é tão cheia de perguntas sem resposta, não é? Numa fração de segundo, aparentemente eventos aleatórios podem fazer a diferença entre a vida e a morte. Algumas pessoas passam de tragédia em tragédia, enquanto para outros a vida transcorre bem. Tudo isso deve nos mostrar que precisamos viver pela fé. Existe algo acontecendo agora em sua vida que você tem que aceitar pela fé, confiando em Deus? Que outra escolha você tem?

Participe do projeto “Reavivados por Sua Palavra”: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/

Segunda - Ano Bíblico: Dt 18–20

O insensato como sábio


Embora não seja de origem recente, nos últimos anos tem se popularizado especialmente no mundo ocidental a ideia que defende a natureza relativa da verdade. Isto é, o que é verdadeiro para uma pessoa, ou uma cultura, pode não ser verdadeiro para outra. Embora isso esteja correto em determinadas situações (em alguns países a direção é do lado direito da estrada, enquanto em outros é do lado esquerdo), em outro nível é um erro perigoso, especialmente no âmbito moral. Certas coisas são certas e outras são erradas, não importa onde vivamos nem quais sejam nossas preferências pessoais. No fim das contas, precisamos sempre submeter nossos pontos de vista à Palavra de Deus e às verdades nela contidas. A Palavra de Deus deve ser nossa fonte suprema de conhecimento sobre o certo e o errado, o bem e o mal.

2. Leia Provérbios 26:11, 12. (Ver também Jz 21:25; 1Co 1:20, 21; 2:6, 7; 2Co 1:12.) O que todos nós devemos ter cuidado para não fazer?

Como podemos ver, essa ideia de fazer o que é certo aos nossos próprios olhos não é nova. Contudo, ela era tão errada naquela época quanto é hoje. Como já vimos, nenhum de nós compreende tudo: na verdade, não compreendemos nada em sua totalidade. Todos temos áreas em que precisamos crescer e aprender, portanto devemos estar sempre abertos ao fato de que não temos todas as respostas.

No caso dos insensatos, como se vê nesse provérbio, a razão para preocupação é que a influência da insensatez deles se estende para além deles mesmos. Eles estão agora mais convencidos do que nunca de que possuem sabedoria; portanto, irão repetir sua insensatez. Podem até ser tão convincentes que outros irão achar que eles são sábios e irão honrá-los e consultar seus conselhos, o que pode levar a grandes problemas (Pv 26:8). A insensatez se propagará, mas, pelo fato de estar rotulada como “sabedoria”, pode causar muito mais estragos. Além disso, os insensatos são tão tolos que não estão conscientes de sua insensatez.

Com que frequência você é tentado a ceder naquilo que reconhece como valores e verdades fundamentais? O que acontece, porém, quando certos valores fundamentais entram em choque? Como podemos saber quais devem ter prioridade?

Terça - Ano Bíblico: Dt 21–23 

O preguiçoso


“O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca” (Pv 26:15).

Assim como os estudantes que gastam mais tempo e energia se preparando para colar num exame do que estudando para ele, é irônico que as pessoas preguiçosas se empenhem para achar desculpas para sua preguiça!

3. Leia Provérbios 26:13-16. Que advertência encontramos nesse texto?

Talvez a pessoa preguiçosa esteja certa: “Um leão está no caminho” (Pv 26:13). Portanto, é mais sábio ficar em casa e não confrontar o perigo. Mas ao fazer isso, perdemos todas as oportunidades que a vida oferece. Nunca desfrutaremos a beleza da rosa se não corrermos o risco de ser machucados pelos espinhos. Nunca seremos capazes de seguir em frente se tivermos medo dos obstáculos. As pessoas que não ousam se entregar nunca experimentarão a plenitude da vida.

Examine as outras figuras contidas nesses versos. Assim como a porta se move sobre as dobradiças, mas não vai a parte alguma, as pessoas preguiçosas se revolvem na cama; isto é, apenas mudam de posição, mas também não vão a lugar nenhum.
A outra figura, no verso 15, é ainda mais surpreendente. Eles podem colocar a mão num prato de comida, mas são preguiçosos demais para levá-la à boca a fim de se alimentarem.

Porém, pior ainda é sua preguiça intelectual, sua mente fechada e sua convicção sobre suas próprias posições. Portanto, sob seu ponto de vista, eles sempre estarão certos, e serão mais sábios do que sete homens sábios (Pv 26:16); não estão abertos a outros pontos de vista que talvez sejam mais sábios do que os deles. Em geral, os que acham que possuem todas as respostas não as possuem.

“No Juízo, os homens não serão condenados porque creram conscienciosamente na mentira, mas porque não acreditaram na verdade, porque negligenciaram a oportunidade de aprender o que é a verdade” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 55). Como entendemos nosso papel de dar a outros a “oportunidade” de aprender o que é a verdade? Onde começa e onde termina nossa responsabilidade?

Quarta - Ano Bíblico: Dt 24, 25 

O amigo como inimigo


Se somos mais desapontados pelos nossos amigos do que pelos nossos inimigos, é porque esperamos o bem de nossos amigos e o mal de nossos inimigos. Porém, nem sempre funciona dessa forma, não é mesmo? É por isso que o livro de Provérbios nos adverte que às vezes um amigo se comporta como um inimigo, e um inimigo, como amigo.

4. Leia Provérbios 27:5, 6. Quando a repreensão pode ser um sinal de amor?

O amor não tem que ver apenas com beijos e palavras doces. O amor às vezes nos obriga a repreender um amigo ou um filho, e podemos correr o risco de parecer desagradáveis, condenadores e críticos. Podemos até perder amigos se falarmos com eles abertamente. Contudo, se não os advertirmos sobre o que eles estão fazendo, especialmente se aquilo for prejudicá-los, então que tipo de amigos somos?

A censura franca às vezes é um sinal de que nosso amor não está construído sobre a ilusão e o fingimento, mas sobre a verdade e a confiança.

5. Leia Provérbios 27:17. Qual pode ser o efeito da confrontação entre amigos?

A figura do ferro afiando o ferro sugere um benefício recíproco. A amizade provada pela verdadeira confrontação não só melhora em qualidade, mas também estimula e fortalece ambas as personalidades. As respectivas armas ganham em eficiência. No fim, ficaremos mais bem equipados para nossas futuras lutas. As pessoas que se refugiam em si mesmas e apenas em suas próprias ideias, e nunca enfrentam o desafio de conceitos diferentes, não crescem em conhecimento nem no caráter.

Você já foi repreendido em alguma situação em que realmente poderia ser prejudicado? O que teria acontecido se não tivesse sido advertido? Tendo isso em mente, considere: se você tiver que fazer o mesmo por outra pessoa, como pode fazê-lo de maneira redentora, sem condenação e crítica?

Quinta - Ano Bíblico: Dt 26–28

O inimigo como amigo


6. Leia Provérbios 26:17-23. Nas linhas abaixo, resuma o que é dito nesse texto. 

O livro de Provérbios toca novamente no poder das palavras, dessa vez tratando do dano causado pela maledicência e pela contenda. Aqueles que falam mal do seu inimigo diante de você, para fazê-lo pensar que estão do seu lado, são, na verdade, como “carvão”: alimentam a contenda e conduzem você para o fogo de mais problemas (v. 21).

Da mesma forma, os “lábios ardentes”, que parecem tão eloquentes, podem esconder um “coração maligno” (v. 23, ARC). O político que deseja ser eleito, o vendedor que deseja vender suas mercadorias, o galanteador que deseja seduzir uma mulher – todos eles conhecem o poder da eloquência.

A lição contida nessa passagem é que devemos suspeitar dos discursos bonitos. Eles podem ser perigosos exatamente por ser bonitos. Algumas pessoas têm boa oratória; podem parecer persuasivas, sinceras e solícitas, mas no seu interior algo completamente diferente está acontecendo. Embora todos nós já tenhamos sido vítimas de pessoas assim, quem, em algum momento, já não foi culpado de fazer a mesma coisa: dizer algo para alguém mas pensar ou sentir de maneira totalmente diferente? Salomão fala enfaticamente contra esse comportamento enganoso.

“Tudo quanto os cristãos fazem deve ser tão transparente como a luz do Sol. A verdade é de Deus; o engano, em todas as suas múltiplas formas, é de Satanás. […] Não é, entretanto, coisa leve ou fácil falar a exata verdade; e quantas vezes opiniões preconcebidas, peculiares disposições mentais, imperfeito conhecimento, erros de juízo, impedem uma justa compreensão das questões com que temos que lidar! Não podemos falar a verdade, a menos que nossa mente seja continuamente dirigida por Aquele que é a verdade” (Ellen G. White, Refletindo a Cristo, [MM 1986], p. 71).

Você é sincero e transparente no que diz? Há alguma desconexão entre suas palavras e seus pensamentos? Em caso afirmativo, qual? Você acha realmente que essa duplicidade pode ser mantida indefinidamente? (Ver Mateus 10:26, 27.)

Sexta - Ano Bíblico: Dt 29–31

Estudo adicional


“A atuação do Espírito de Deus não afasta de nós a necessidade de exercitar nossas faculdades e talentos, mas nos ensina a empregar toda capacidade para a glória de Deus. As faculdades humanas, quando estão sob a orientação especial da graça divina, são suscetíveis de ser empregadas para os melhores desígnios na Terra. A ignorância não aumenta a humildade nem a espiritualidade do professo seguidor de Cristo. As verdades da divina Palavra podem ser mais bem apreciadas pelo cristão intelectual. Cristo pode ser glorificado melhor por aqueles que O servem com inteligência. O grande objetivo da educação é nos habilitar a empregar de tal maneira o poder que Deus nos deu, que representemos a religião da Bíblia e promovamos a glória do Senhor.

“Somos devedores Àquele que nos deu a existência, quanto aos talentos que nos foram confiados; e é um dever que temos para com nosso Criador, cultivar e desenvolver esses talentos” (Ellen G. White, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 361, 362).

Perguntas para reflexão

1. Reflita um pouco mais nos mistérios que encontramos na vida diária, seja na natureza, nas interações humanas ou em assuntos que dizem respeito à fé e à natureza de Deus e da salvação. É uma das grandes ironias da vida que, quanto mais aprendemos, mais percebemos quão pouco sabemos. Por que isso é ainda mais verdadeiro no que diz respeito às verdades espirituais?

2. Quais são algumas das “verdades” relativas, culturais e sujeitas a mudanças? Como as distinguimos das verdades que são eternas, universais e imutáveis? Por que é tão importante sabermos a diferença entre elas? Por que a confusão entre verdades circunstanciais e verdades eternas é um dos grandes perigos que enfrentamos?

3. Tem sido dito que as pessoas inteligentes conservam seus amigos perto de si, e seus inimigos ainda mais perto. O que isso quer dizer? Sendo cristãos, como devemos considerar essa ideia? Talvez Mateus 10:16 possa ajudar na resposta.

Respostas sugestivas: 1. Os mistérios que Deus não revelou ao ser humano mostram Sua glória, mas a glória dos reis está em explicar as coisas que fazem. 2. Devemos ter cuidado para não nos julgar sábios, pois os que assim se julgam não estão conscientes de sua insensatez. 3. Sobre o fato de que não devemos ser como os preguiçosos, que não querem enfrentar nenhum perigo, que ficam sempre no mesmo lugar e que, por preguiça intelectual, acham que são sábios e que têm todas as respostas. 4. A repreensão é um sinal de amor quando vem de um amigo; ele nos repreende porque quer nosso bem. 5. Um benefício mútuo, como quando o ferro afia o ferro. 6. Mexericos e provocações levam a brigas; meter-­se na vida dos outros causa confusão; o mesmo ocorre com o ato de enganar os outros e dizer que é brincadeira. Como uma camada de esmalte sobre um vaso de barro, palavras bonitas podem ocultar um coração mau.


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20 de fevereiro de 2015

Lição 9 - Palavras de verdade - 21 a 28 de fevereiro

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Sábado à tarde - Ano Bíblico: Nm 28–30


VERSO PARA MEMORIZAR:

“Porventura, não te escrevi excelentes coisas acerca de conselhos e conhecimentos, para mostrar-te a certeza das palavras da verdade, a fim de que possas responder claramente aos que te enviarem?” (Pv 22:20, 21).

Leituras da Semana:

Pv 22; Pv 23; Êx 21:21-27; Pv 24; Ef 5:20; Ez 33:8

Alguns dos provérbios desta semana mostram paralelos com textos egípcios. Sob inspiração, Salomão talvez tivesse adaptado esses textos a uma perspectiva especificamente hebraica. Aqui, as palavras dos egípcios encontram o Espírito do Deus de Israel, e assim se tornam revelação divina.

Essa observação é importante, pois nos faz lembrar o caráter universal da verdade. O que é verdade para o israelita também deve ser verdade para o egípcio; do contrário, não seria verdade. Algumas verdades têm aplicação universal, a todas as pessoas.

O âmbito dessas admoestações é comum a ambas as comunidades. Isto é, quem quer que você seja, quer seja um crente ou não, e onde quer que viva, há algumas coisas que você não deve fazer.

Oração pela conquista de amigos para Cristo: Hoje vamos orar para que Deus nos torne missionários, a fim de que levemos outros a Cristo. 

Domingo - Ano Bíblico: Nm 31, 32 

O conhecimento da verdade


1. Leia Provérbios 22:17, 18. O que é dito sobre a maneira pela qual a verdade deve impactar nossa vida?

O primeiro dever do estudante é ouvir e prestar atenção: “Inclina o ouvido, e ouve” (Pv 22:17). Em outras palavras: “Concentre-se!” A ideia fundamental é que aquele que busca a verdade precisa ser fervoroso, deve desejar aprender o que é certo e então praticá-lo.

Mas não é suficiente que o estudante ouça, ou mesmo que compreenda o que está sendo ensinado. Algumas pessoas que têm muitos fatos bíblicos na mente não têm nenhum conhecimento nem experiência real com a verdade em si (Jo 14:6).

Em vez disso, a verdade deve atingir o âmago do ser humano. A frase hebraica em Provérbios 22:18, “no teu coração”, se refere ao “estômago”. A lição não deve ficar apenas na superfície; ela precisa ser digerida, assimilada, e se tornar parte do íntimo do nosso ser.
Depois que a mensagem penetrar profundamente em nós e se enraizar em nosso interior, aflorará então aos nossos lábios, e poderemos dar um testemunho poderoso.

2. Leia Provérbios 22:19-21. O que uma experiência com a verdade deve fazer por nós?

A. Fé (v. 19). O primeiro objetivo do ensino da sabedoria não é a sabedoria em si. A finalidade do livro de Provérbios não é fazer discípulos mais inteligentes e hábeis. O objetivo do mestre é fortalecer a confiança do discípulo no Senhor.

B. Convicção (v. 21). Os estudantes devem saber por que essas “palavras da verdade” são certas; devem saber por que acreditam nas coisas que acreditam. Fé, por definição, é crença naquilo que não compreendemos plenamente. Contudo, ainda assim precisamos ter boas razões para essa fé.

C. Responsabilidade (v. 21). O último passo da educação é compartilhar as “palavras da verdade” que recebemos. Isso é uma parte central de todo o nosso chamado como um povo.

Pense em todas as razões lógicas que temos para a fé adventista do sétimo dia. Quais são essas razões? Por que nunca devemos hesitar em conservá-las sempre diante de nós e em compartilhá-las?
Oração que prevalece: Vamos orar hoje pela vitória sobre as tentações e o pecado.

Segunda - Ano Bíblico: Nm 33, 34

Roubando os pobres


3. Leia Provérbios 22:22, 23; 23:10. A respeito do que somos advertidos? 

Embora sempre seja errado roubar, essa proibição diz respeito a roubar dos pobres e oprimidos, que são os mais vulneráveis. Eles são verdadeiramente indefesos, e portanto estão qualificados a ser objeto do interesse especial de Deus (Êx 22:21-27). Vem-nos à mente o caso de Davi, que matou Urias para roubar-lhe a esposa, e a parábola da cordeirinha contada por Natã (2Sm 12:1-4). Roubar do pobre não é apenas um ato criminoso: é pecado “contra o Senhor” (2Sm 12:13). Tirar de alguém que tem menos do que você é pior do que roubar: é também um ato de covardia. Será que esses ladrões acham que Deus não vê seus atos?

Na verdade, Provérbios 22:23 implica que mesmo que o ladrão escape da punição humana, Deus lhe dará a paga. A referência ao Goel, Redentor ou Vingador (Pv 23:11), pode até ser uma alusão à cena do juízo divino no fim dos tempos (Jó 19:25).

Portanto, essa advertência fala contra aqueles que estão interessados apenas nos “lucros” imediatos de seus atos, e não nos resultados de longo alcance. Eles obtêm suas posses e as aumentam à custa de outros e estão dispostos a enganar e a matar para conseguir esse propósito. Talvez desfrutem disso agora, mas pagarão o preço mais tarde. Esse raciocínio não deve apenas desencorajar o ladrão; deve também mostrar que nossos valores éticos estão intimamente ligados à soberania de Deus.

Na Inglaterra, alguns ateus colocaram o seguinte slogan em ônibus municipais: “Provavelmente, Deus não exista. Agora, pare de se preocupar e desfrute a vida.” Se Deus não existisse, então aqueles que roubam dos pobres e conseguem se safar agora, realmente não têm nada com que se preocupar. Na verdade, todos os que já praticaram grandes males parecem ter-se dado bem. No entanto, o mal trará suas consequências. De que forma a fé em Deus e em Suas promessas de julgamento devem ajudar a dar-nos um pouco de paz mental com respeito a toda a injustiça que vemos no mundo hoje?

O poder da oração: Hoje vamos orar por milagres reais na nossa vida e na de outros.

Terça - Ano Bíblico: Nm 35, 36

Ter inveja dos perversos


4. Qual é a advertência contida em Provérbios 23:17; 24:1, 2; e 24:19, 20?

Por que alguém invejaria os maus? Muito provavelmente não seria por causa dos pecados que eles possam estar cometendo, mas, de maneira geral, seria por causa dos ganhos imediatos (riqueza, sucesso, poder) que eles obtêm através de sua malignidade – é isso que as pessoas muitas vezes cobiçam para si mesmas.

Embora, é claro, nem toda pessoa que alcança sucesso ou riqueza seja má, algumas o são, e provavelmente seja a respeito desse tipo de pessoa que somos advertidos nesses versos. Vemos a “boa” vida deles e, de nossa perspectiva, especialmente se nós mesmos estivermos passando dificuldades, é fácil invejar o que eles têm.

Essa, porém, é uma visão estreita e míope das coisas. Afinal de contas, a tentação apresentada pelo pecado é o fato de que sua recompensa é imediata: desfrutamos a gratificação no presente. Uma perspectiva que enxerga além do presente pode nos proteger da tentação; isto é, precisamos olhar para além dos “ganhos” imediatos do pecado e pensar nas consequências de longo alcance.

Além disso, quem já não viu quão destrutivo é o pecado? Nunca escapamos das consequências dele. Podemos ser capazes de escondê-lo de outros de tal forma que ninguém, nem mesmo aqueles que estão mais próximos de nós, tenham sequer uma pista do que estamos fazendo (embora mais cedo ou mais tarde eles venham a saber); ou podemos ser capazes de iludir a nós mesmos pensando que nossos pecados não são tão maus assim. (Afinal de contas, veja quantas pessoas fazem coisas piores!) Porém, mais cedo ou mais tarde o pecado nos alcança.

Devemos odiar o pecado. Devemos odiá-lo por causa do que ele fez a nós, ao nosso mundo e ao nosso Senhor. Se desejamos ver o verdadeiro preço do pecado, olhemos para Jesus na cruz. Foi isso que o pecado custou. Só essa compreensão já deve ser suficiente para fazer-nos desejar evitar o pecado e nos manter afastados o máximo possível daqueles que nos levariam a praticá-lo.

Você já lutou contra sentimentos de inveja pelo sucesso de alguém? Qual é o melhor remédio para esse problema espiritualmente mortal? (Ver Ef 5:20.)

Oração diária: Nosso pedido hoje é por perseverança espiritual. Queremos orar todos os dias!

Quarta - Ano Bíblico: Dt 1–3 

O que colocamos na boca


Não foi por acidente que a primeira tentação humana foi com respeito à comida (Gn 3:3). Foi a desobediência e o ato de comer de uma coisa errada que trouxe o pecado e a morte ao mundo (Gn 3:1-7; Rm 5:12). Não devemos nos esquecer, também, do fato de que a primeira menção de ingestão de vinho na Bíblia é apresentada numa história terrivelmente negativa e degradante (Gn 9:21).

5. Leia Provérbios 23:29-35. Como o uso do álcool é apresentado nesses versos?

Quem já não viu, pessoalmente, quanto pode ser devastador o álcool? Certamente, nem todo mundo que bebe se torna um bêbado caído na sarjeta. Mas é muito provável que os bêbados que estão na sarjeta jamais imaginaram, na primeira vez em que tomaram uma bebida, que um dia acabariam nela.

“Aquele que adquiriu o hábito de ingerir bebidas alcoólicas está numa situação desesperadora. Não se pode argumentar com ele, nem persuadi-lo a se privar dessa condescendência. Seu estômago e seu cérebro estão enfermos, sua força de vontade está enfraquecida e seu apetite é incontrolável. O príncipe das potestades das trevas o mantém numa escravidão que ele não tem poder para quebrar” (Comentários de Ellen G. White no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 1317, 1318).

6. Leia Provérbios 23:1-8. Por que devemos controlar o apetite?

Essa admoestação se refere a algo mais do que boas maneiras à mesa. O texto bíblico é uma advertência àqueles que gostam de comer e têm grande apetite

(Pv 23:2). A metáfora de colocar uma faca na própria garganta é algo particularmente forte: não significa apenas moderar o apetite, mas também sugere o risco que a comida pode representar para a saúde e até mesmo para a vida.

A palavra hebraica bin, traduzida como “atenta bem”, expressa a ideia de cuidadoso discernimento entre vários tipos de comida. A mesma palavra foi usada por Salomão quando ele pedia à sabedoria que o ajudasse a discernir prudentemente [bin] “entre o bem e o mal” (1Rs 3:9). O escritor inspirado tinha em mente algo mais do que simplesmente a questão do controle do apetite. Seu conselho pode se referir também a banquetes e a beber socialmente, quando somos pressionados e tentados a cobiçar “os seus delicados manjares”

Pense em alguém que você conhece cuja vida foi destruída pelo álcool. Por que só esse exemplo já seria suficiente para nos ajudar a compreender a razão pela qual nunca devemos introduzir esse veneno em nosso corpo?

Oração pelo perdão: Hoje é dia de orar especificamente pelo perdão divino e para que sejamos perdoadores.

Quinta - Ano Bíblico: Dt 4–7

Nossas responsabilidades


7. “Se Eu disser ao perverso: Ó perverso, certamente, morrerás; e tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, morrerá esse perverso na sua iniquidade, mas o seu sangue Eu o demandarei de ti” (Ez 33:8). Que princípio espiritual válido é revelado aqui? Como recebemos esse conceito e o aplicamos em nossa vida diária?

Anos atrás, numa grande cidade do Ocidente, uma mulher estava sendo atacada à noite numa rua. Ela gritou pedindo ajuda; dezenas de pessoas a ouviram, mas ninguém se importou em chamar a polícia. A maioria das pessoas olhou pela janela e depois voltou para o que estava fazendo. Logo os gritos da mulher cessaram. Mais tarde, ela foi encontrada morta com várias facadas.

Será que aqueles que ouviram os gritos, mas não fizeram nada, não foram responsáveis pela morte da mulher? Embora elas mesmas não a tenham atacado, será que a falta de ação delas não a matou?

8. Leia Provérbios 24:11, 12, 23-28. Que importantes mensagens há aqui para nós?

A lei de Moisés adverte claramente que aqueles que deixam de denunciar o que presenciam levam sobre si a iniquidade (Lv 5:1). Podemos não ser capazes de agir contra o crime, mas se guardamos silêncio sobre o que vemos, somos participantes da culpa junto com o criminoso. Pelo nosso silêncio, nos tornamos cúmplices.

Por outro lado, se revelarmos a verdade em nosso testemunho, dando a “resposta com palavras retas” (Pv 24:26), agimos da maneira correta e nos comportamos como pessoas responsáveis. Esse ato é comparado a um beijo nos lábios, o que significa que a pessoa se importa com o outro.

Já é suficientemente trágico ficar em silêncio e não fazer nada enquanto uma mulher estava sendo assassinada na sua rua. Mas, que dizer de muitos dos outros males que há no mundo: fome, guerra, injustiça, racismo e opressão econômica? Qual é nossa responsabilidade também nessas coisas?

Oração intercessora: Hoje vamos tomar tempo para orar pela conversão de amigos e parentes.

Sexta - Ano Bíblico: Dt 8–10

Estudo adicional


“As pessoas que nos circundam precisam ser despertas e salvas, ou perecerão. Não temos nem um minuto a perder. Todos exercemos uma influência que fala em favor da verdade ou contra ela. Desejo levar comigo as inconfundíveis evidências de que sou uma discípula de Cristo. Queremos algo além da religião do sábado. Necessitamos dos princípios vivos e de sentir diariamente nossa responsabilidade individual. Isso é evitado por muitos e seu resultado é descuido, indiferença, falta de vigilância e de espiritualidade” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 99).

“Falem de fé, vivam a fé, cultivem o amor de Deus; evidenciem ao mundo tudo quanto Jesus é para vocês. Exaltem Seu santo nome. Contem de Sua bondade; falem de Sua misericórdia, e contem de Seu poder” (Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, p. 18).

Perguntas para reflexão

1. Reveja sua resposta à pergunta para reflexão no fim da lição de domingo. Quais são as maneiras pelas quais podemos aprender a aumentar a fé naquilo que cremos?

2. Alguém escreveu: “Lembre-se de duas coisas: que Cristo morreu por você e que um dia você vai morrer.” No contexto da lição de terça-feira, que fala sobre a certeza de que teremos que responder pelo nosso pecado de uma forma ou de outra, que lição fundamental devemos tirar dessa ideia?

3. Aqui está novamente a citação colocada nos ônibus de Londres: “Provavelmente, Deus não exista. Agora, pare de se preocupar e desfrute a vida.” Além do que a lição falou sobre isso, que outros problemas você vê nessa ideia? Para começar, por que a existência de Deus seria algo que faria as pessoas se preocuparem? O que esse sentimento nos diz sobre o quanto Satanás distorceu o caráter de Deus na mente de muitas pessoas? Pense em diferentes maneiras pelas quais você poderia responder a esse slogan. Quais são alguns slogans curtos e enfáticos que poderiam ajudar as pessoas a ver a esperança que podemos ter em Deus?

Respostas sugestivas: 1. Ela não só deve ser recebida intelectualmente, mas se tornar parte de nossa vida, e só então deve ser anunciada com os lábios. 2. Uma experiência com a verdade deve nos dar sabedoria, convicção do que cremos e nos tornar aptos a compartilhar essa verdade. 3. Somos advertidos a não roubar nem oprimir os pobres e aflitos, e a não tirar vantagem dos órfãos, pois Deus dará a paga desses atos. 4. Somos advertidos a não ter inveja dos maus. 5. O consumo do álcool é apresentado de forma negativa, como a fonte de muitos males e como algo traiçoeiro como uma cobra. 6. O provérbio nos adverte a não cobiçar as comidas enganadoras, provavelmente porque elas podem representar um risco à saúde e à vida. 7. Nossa falha em avisar o perverso do destino que o aguarda se continuar no caminho em que está nos torna responsáveis pela morte dele. 8. Devemos avisar aqueles que estão sendo levados para a morte, pois se não os avisarmos, Deus cobrará isso de nós. Os que dão aos perversos a impressão de que não há nada de errado com eles serão malditos.

Anjos e oração: Vamos orar hoje em agradecimento pela proteção que Deus sempre nos dá por meio dos anjos.

2º dia de oração. Orar por humildade e dependência de Deus em tudo

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10 Dias de Oração e 10 Horas de Jejum 2º dia de oração.


19 de fevereiro de 2015

Dez dias para orar e repensar no relacionamento com Deus.

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Hoje é dia de orar pela busca constante ao próprio Deus. Em I Tessalonicenses 5:17 é dito para orar sem cessar. A relação espiritual com Deus implica eu sentir necessidade de ter esse contato diário, sincero e aberto com Ele. Oração não é um dever religioso, mas uma questão de vida ou morte espiritual. É contato profundo com a fonte de vida.

13 de fevereiro de 2015

Escola Dominical ataca o quarto mandamento

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Os Dez Mandamentos

Neste trimestre, os irmãos da igreja Assembleia de Deus estão estudando em suas escolas dominicais o tema “Os Dez Mandamentos: Valores divinos para uma sociedade em mudança”. Até agora, tudo vinha muito bem. Estudaram o primeiro mandamento. O segundo e o terceiro. Mas eis que chega o quarto, e o esperado acontece: dizem que esse mandamento não é bem assim; é “controverso”. Temos que amar a Deus sobre todas as coisas? Sim, claro. Não devemos adorar imagens? Sem dúvida. Não tomar o nome de Deus em vão? Jamais. Lembre-se do dia de sábado – o sétimo dia da semana – para santificá-lo? Aí, não. Esse mandamento era apenas para os judeus e foi “cravado na cruz” – as desculpas de sempre. Lamentável! Será que o autor (ou autores) desse guia de estudo tem noção do estrago que está fazendo ao desencaminhar tantas pessoas? Afinal, a Assembleia de Deus é a maior denominação evangélica do Brasil. Se ele (ou eles) estiver errado, estará atacando um dos dez mandamentos da sagrada e imutável (Mt 5:17-19) lei de Deus, escrita com o dedo dEle (Êx 31:18). Imagine se considerássemos o “não matarás” ou o “não adulterarás” também controversos, passíveis de interpretação? Abriríamos mais ainda a porta ao pecado e à transgressão. Então por que apenas um mandamento, o quarto, é considerado “controverso”? Vamos analisar essa questão, em benefício dos irmãos assembleianos e de todos os interessados no assunto. Para isso, é muito importante que você confira os textos bíblicos citados e acesse todos os links abaixo. E que faça isso com oração, pedindo orientação dAquele que inspirou a Palavra de Deus, o Espírito Santo.

A lição nº 6 da Escola Dominical deste trimestre (que pode ser lida aqui) começa afirmando que “o sábado é um presente de Deus para o povo de Israel” e que “a fé cristã é isenta de toda forma de legalismo”, já dando o tom do que vem a seguir. Para começo de conversa, o sábado foi dado “por causa do homem [ser humano]” (Mc 2:27), no Éden, para Adão e Eva, antes de existirem judeus ou quaisquer outros povos sobre a Terra (Gn 2:1-3). Aliás, esse texto menciona que Deus fez três coisas muito especiais e irrevogáveis no sétimo dia da criação: Ele descansou (cessou Sua obra e deu exemplo do que fazer no sábado), santificou (separou para um propósito especial) o sétimo dia e o abençoou (o que Deus abençoa ninguém pode “desabençoar”). Guardar o sábado, portanto, não tem nada a ver com legalismo, muito pelo contrário, tem a ver com celebração e adoração.

O guia prossegue: “Deus celebrou o sétimo dia após a criação e abençoou este dia e o santificou (Gn 2.2,3). Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal. O sábado legal não foi instituído aqui; isso só aconteceu com a promulgação da lei.” Essa separação entre o sábado institucional e o legal é inteiramente artificial. Prova disso é que em Êxodo 16, antes de terem sido dadas as tábuas com os dez mandamentos, o povo hebreu já estava sendo orientado a guardar o sábado. Neste momento, é muito importante que você leia este texto ((“O sábado antes do Sinai”) e assista a este vídeo (clique aqui)), com o mesmo título. Leia e assista com atenção, porque mais adiante o guia de estudos assembleiano chegará ao ponto de afirmar que os patriarcas não guardaram o sábado!

“O sábado institucional, portanto, não se refere ao sétimo dia da semana; pode ser qualquer dia ou um período de descanso”, afirma o guia. Como assim? De ponta a ponta, no Antigo e no Novo Testamento, a Bíblia é clara em afirmar que o sábado da lei moral (tanto o “institucional” quanto o “legal”, para usar a linguagem artificial do guia) é o sétimo dia da semana. De acordo com Êxodo 20:8-11, o sábado é o memorial da criação e deve ser guardado/celebrado justamente porque Deus criou em seis dias literais de 24 horas. Os adventistas são criacionistas exatamente (e principalmente) por esse motivo, e pregam o que está escrito em Apocalipse 14:6 e 7, ou seja, que devemos adorar “Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (numa alusão clara ao texto de Êxodo 20:8-11). Se o sábado pode ser qualquer dia da semana, por que os evangélicos insistem, então, no domingo? Não deveriam guardar nem defender qualquer dia santo, e simplesmente riscar da Bíblia deles o quarto mandamento.

Como eu havia dito há pouco, o guia afirma que “os patriarcas não guardaram o sábado. O livro de Gênesis não menciona os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó observando o sábado”. Se isso fosse critério para a nossa vida, poderíamos adotar a poligamia, já que alguns patriarcas tiveram mais de uma esposa, e dispensar de vez o dom de línguas dos pentecostais, já que nenhum patriarca (aliás, nenhum dos servos de Deus na Bíblia) jamais falou as tais “línguas estranhas”(na verdade, Deus concede Seu Espírito àqueles que Lhe obedecem: At 5:32). Apesar de seus deslizes, os patriarcas procuraram ser fieis à lei de Deus (conforme você já deve ter visto nos links acima), e a lei de Deus inclui o sábado. (Sobre o sábado através dos séculos, leia este texto [aliás, leia todo o conteúdo desse site].)

Outra mentira: “Nenhum outro povo na história recebeu a ordem para guardar esse dia [o sábado]; é exclusividade de Israel (Êx 31.13,17 [esse texto menciona os filhos de Israel, e eu me considero um deles]).” Que falta faz ler a Bíblia com atenção. Veja isto: “Bem-aventurado o homem [aqui não diz judeu] que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de fazer algum mal. E não fale o filho doestrangeiro, que se houver unido ao Senhor, dizendo: Certamente o Senhor me separará do Seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que sou uma árvore seca. Porque assim diz o Senhor a respeito dos eunucos, que guardam os Meus sábados, e escolhem aquilo em que Eu Me agrado, e abraçam a Minha aliança: Também lhes darei na Minha casa e dentro dos Meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. E aos filhos dos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para O servirem, e para amarem o nome do Senhor, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a Minha aliança, também os levarei ao Meu santo monte, e os alegrarei na Minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no Meu altar; porque a Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (56:1-8; os grifos em “estrangeiro” e “todos” são meus, justamente para destacar o fato de que Deus deseja que todas as pessoas guardem Seus mandamentos, inclusive o sábado.)

Outro ponto: “O sábado e a circuncisão são os dois sinais distintivos do povo judeu ao longo dos séculos (Gn 17.11).” Igualar o sábado (estabelecido antes do pecado) com a circuncisão (depois do pecado) é outra leviandade. Como vimos, o sábado foi dado para a humanidade e é eterno, pois será guardado inclusive na nova Terra (Is 66:22, 23). Já a circuncisão, de fato, foi dada aos descendentes de Abraão e foi revogada pelos apóstolos (At 15:1-31). Em Romanos 2:25-29, Paulo chega a dizer que é inútil ser circuncidado e não guardar a lei de Deus.

“A expressão ‘Lembra-te do dia do sábado, para o santificar’ (Êx 20.8) remete a uma reminiscência histórica e, sem dúvida alguma, Israel já conhecia o sábado nessa ocasião. Mas parece [parece?] não ser referência ao sábado da criação.” Simplesmente absurdo! Como não se trata de referência ao sábado da criação, se o próprio texto dá o motivo pelo qual o sábado deve ser lembrado e guardado? “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou” (v. 11).

O guia passa a usar Jesus com o objetivo de continuar descaracterizando o mandamento que o próprio Mestre guardou (Lc 4:16): “O Senhor Jesus Cristo disse mais de uma vez que a guarda do sábado é um preceito cerimonial. Ele colocou o quarto mandamento na mesma categoria dos pães da proposição (Mt 12.2-4).” Nada a ver! Jesus comparou a atitude dos discípulos de matar a fome no sábado (o que, definitivamente, não é pecado) com a dos homens de Davi, que só tinham os pães da proposição para comer e lhes foi permitido fazer isso. A lição é clara: Deus ama os seres humanos e criou a lei para eles e não eles para a lei. Os fariseus legalistas distorceram muitos mandamentos de Deus, inclusive o sábado, e Jesus veio ensinar a correta observância de Sua lei. Imagine o Cristo do Sinai (o Eu Sou de João 8:58) dizendo algo assim: “No monte Sinai Eu lhes dei Meus mandamentos, agora venho lhes dizer que aboli somente o quarto.” Faz sentido? Mas faz muito sentido o próprio Legislador ter vindo para ensinar como devemos guardar Sua lei. Só Ele tem autoridade para isso.

Veja mais esta: “Se o oitavo dia da circuncisão do menino coincidir com um sábado, ela tem que ser feita no sábado, nem antes e nem depois. Assim, Jesus mais uma vez declara o quarto mandamento como preceito cerimonial e coloca a circuncisão acima do sábado.” Típico argumento non sequitur, ou seja, uma ideia não tem nada a ver com a outra e não se segue a ela. Se preferir, pode chamar também de “balaio de gato”. Sinceramente, quem escreveu essas coisas terá que dar contas a Deus! Circuncisão era uma atividade religiosa, assim como o culto de sábado, a visita aos doentes, etc. Que pecado há em se praticar essas coisas no sábado? Onde está escrito isso? Pelo contrário, a Bíblia diz que “é lícito fazer bem aos sábados” (Mt 12:12). Essas coisas não são atividades seculares nem são remuneradas. Por que Deus “trabalha” no sábado? (Jo 5:17). Porque a atividade dEle consiste unicamente em manter-nos a todos com vida. A atividade de Deus é essencialmente “religiosa” e plenamente de acordo com o espírito do sábado. Francamente, não usemos Deus o Pai nem o Filho para sancionar nossas transgressões! Isso é grave!

Com isto eu tenho que concordar: “Jesus é o Senhor do sábado (Mc 2.28). O sábado veio de Deus e somente Ele tem autoridade sobre essa instituição.” E Ele em momento algum, em versículo nenhum sequer sugeriu que o sábado devesse ser substituído pelo domingo. Na verdade, em Mateus 24:20, Ele antevê Seus seguidores ainda guardando o sábado, quatro décadas no futuro. Se Ele fosse transferir o dia de guarda ou abolir o sábado, certamente teria feito algum comentário a respeito disso.

Outro absurdo: “O primeiro culto cristão aconteceu no domingo e da mesma forma o segundo (Jo 20.19, 26).” O quê? Aqui é melhor citar o texto na íntegra: “Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-Se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco” (v. 19). Eles estavam fazendo culto? Onde é dito isso? Estavam era com medo de ser mortos como o Mestre havia sido. Como podiam estar celebrando a ressurreição, se ainda nem criam nesse evento? E o verso 26 diz que Jesus tornou a aparecer oito dias depois, ou seja, numa segunda-feira.

Mais uma mentira: “O dia do Senhor foi instituído como o dia de culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristãos desde os tempos apostólicos (At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10). É o ‘sábado’ cristão! O sábado legal e todo o sistema mosaico foram encravados na cruz (Cl 2.16,17), foram revogados e anulados (2Co 3.7-11; Hb 8.13). O Senhor Jesus cumpriu a lei (Mt 5.17,18), agora vivemos sob a graça (Jo 1.17; Rm 6.14).” O texto de 1 João 2:4 parece servir como uma luva em quem afirma coisas como essas. Os primeiros cristãos, a começar por Maria, mãe de Jesus (Lc 23:56; texto escrito 30 anos depois), e os apóstolos guardavam o sábado (At 16:13). João, no Apocalipse, lá pelo ano 100 d.C., disse ter sido arrebatado em visão no “dia do Senhor” (Ap 1:10), que, na Bíblia, é o sábado (Lc 6:5; leia também isto). Quem ousou mudar o dia de repouso foi o imperador pseudocristão/pagão Constantino, em 7 de março 323 d.C., tendo depois o aval da Igreja Católica Apostólica Romana. Essa igreja, pelo menos, tem um argumento “lógico” para o que fez: a autoridade do papa, que eles consideram até superior à da Bíblia. Mas como ficam os evangélicos, ao perceber que não existe base bíblica para se guardar o domingo? Têm que admitir que obedecem a um mandamento católico...

Quanto a Colossenses 2:16 e 17, ali lemos o seguinte: “Ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,
que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” O sábado da lei moral, estabelecido na criação do mundo, não era sombra de coisas futuras, pois, como já vimos, foi dado à humanidade antes do pecado. As cerimônias do santuário (a chamada “lei “lei cerimonial” cerimonial”), essas, sim, foram abolidas na cruz, pois apontavam para Jesus, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Leia novamente Colossenses 2:16 e 17. Algum mandamento do Decálogo menciona comidas, bebidas ou dias de festas? Claro que não. Isso pertence às cerimônias do santuário. As festas judaicas – como Páscoa, Primícias, Dia da Expiação – eram feriados nacionais, dias de descanso, por isso também chamadas de sábados, mas eram distintas do sábado semanal do quarto mandamento.

E a conclusão do guia da Assembleia de Deus é a seguinte: “A palavra profética anunciava o fim do sábado legal (Jr 31.31-33; Os 2.11). Isso se cumpriu com a chegada do novo concerto (Hb 8.8-12). Exigir a guarda do sábado como condição para a salvação não é cristianismo e caracteriza-se como doutrina de uma seita.” Aqui fica claro a quem eles querem atacar. Nenhum adventista do sétimo dia esclarecido crê ou ensina que a salvação se conquista pela guarda do sábado. Isso seria absurdo, e o guia mente uma vez mais. Cremos que a salvação é pela graça (Ef 2:8), inteiramente pelos méritos de Cristo. Obedecemos à lei de Deus porque entendemos que Ele sempre quer o melhor para nós (Sl 119:97); porque ela é como um espelho que mostra o pecado em nós mesmos (Tg 1:23-25) e aponta para Jesus como a solução. A lei diagnostica o pecado; Jesus perdoa. Amamos a Cristo e por isso obedecemos aos Seus mandamentos (Jo 14:15). Se isso é ser “seita”, prefiro pertencer a essa seita. Os primeiros cristãos também enfrentaram esse tipo de acusação (At 24:14).

O guia de estudos da Assembleia de Deus deste trimestre acusa na capa a sociedade de estar em mudança, mas se esquece de que os evangélicos aceitaram uma mudança muito pior que a da sociedade: a mudança na lei de Deus, promovida pelo poder descrito em Daniel 7:25 e Apocalipse 13. Oro para que muitas pessoas sinceras, ao estudar esse guia da Escola Dominical, sejam despertadas pelo Espírito Santo, façam perguntas, questionem a si mesmas e a seus líderes, e tenham a humildade de reconhecer o verdadeiro Deus Criador e Seu memorial eterno da criação.

Michelson Borges

Assista a vídeos sobre o sábado, do programa Na Mira da Verdade (clique aqui). 

Para saber mais: leia os livros do sábado para o Domingo O sábado na Bíblia 

Boletim Informativo da IASD Central de Taiobeiras - MG - de 14 à 20/02/15

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Lição 8 - Palavras de sabedoria de 14 a 21 de fevereiro

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Sábado à tarde - Ano Bíblico: Nm 9–11


VERSO PARA MEMORIZAR:

“Cada qual entre os homens apregoa a sua bondade; mas o homem fiel, quem o achará?” (PV 20:6, ARC).

Leituras da Semana:

Pv 20; 1Co 12:14-26; Jr 9:23, 24; Pv 21; Mt 25:35-40; Pv 22

Até certo grau (na verdade, em grande grau), todos somos produtos do nosso meio. Embora a hereditariedade tenha um papel muito importante, os valores que possuímos provêm daquilo que nos cerca: nosso lar, nossa educação, nossa cultura. Desde a infância somos influenciados pelo que vemos e ouvimos.

Infelizmente, o que vemos e ouvimos nem sempre é o melhor; o mundo ao nosso redor está caído em todos os aspectos, e não pode deixar de nos influenciar negativamente. Contudo, foi-nos dada a promessa do Espírito Santo, e possuímos a Palavra de Deus, que nos mostra algo melhor e mais elevado do que o que é mostrado pelo mundo.

Nesta semana examinaremos vários provérbios e as verdades práticas que eles expressam – verdades que, se internalizadas e seguidas, podem, de fato, nos ajudar a vencer a negatividade deste mundo caído e preparar-nos para um mundo melhor.

Adventistas em todo o mundo estarão unidos no grande movimento de oração!

Domingo - Ano Bíblico: Nm 12–14

Somos todos iguais


1. Leia Provérbios 20:12. O que essa passagem nos ensina sobre o valor de todos os seres humanos?

Diferentemente da teoria da evolução, que nos considera a todos apenas como produto do acaso num universo impessoal, a Bíblia nos ensina que todos os seres humanos foram criados por Deus (veja também Atos 17:26). Não foi por acaso que Thomas Jefferson afirmou a igualdade de todos os seres humanos com base, precisamente, no fato de terem sido criados por Deus. É no Senhor, e apenas nEle, que se baseia nossa igualdade.

Embora todos tenhamos o mesmo Criador, isso não significa que sejamos todos idênticos. Nem mesmo gêmeos idênticos se comportam exatamente da mesma forma. Em sua carta aos coríntios, Paulo fala sobre nossas diferenças, e enfatiza que elas não devem levar a um senso de superioridade, mas que, em vez disso, devem nos ajudar a ver a necessidade que temos uns dos outros. “Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós” (1Co 12:21).

2. Leia Provérbios 20:9. O que mais nos torna todos iguais?

O pecado é outro equalizador universal. O pronome “ninguém”, que é a resposta à pergunta retórica encontrada nesse provérbio, evidencia a trágica e irremediável condição da humanidade. Os seres humanos são todos fracos e mortais, e nem todo o dinheiro e poder do mundo poderão mudar isso. Contudo, no contexto da Bíblia, essa referência à pecaminosidade humana não deve nos levar ao desespero, porque a morte de Jesus na cruz e Sua ressurreição abriram caminho para que qualquer pessoa, não importa quão pecadora seja, tenha a promessa da vida eterna. Essa vida eterna vem unicamente pela fé nEle, não pelas nossas obras.

“Se o homem não pode, por qualquer de suas boas obras, merecer a salvação, então ela tem que ser inteiramente pela graça, recebida pelo ser humano como pecador, porque ele aceita a Jesus e crê nEle. A salvação é inteiramente um dom gratuito. A justificação pela fé está fora de controvérsia. E toda essa discussão estará terminada logo que seja estabelecida a questão de que os méritos do homem caído, em suas boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele” (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 20).

Alguma vez você já se surpreendeu abrigando o sentimento de ser superior (ou inferior) a outras pessoas? Em caso positivo, o que a cruz lhe diz sobre a igualdade de todos nós?

Prepare sua família e sua igreja para os dez dias de oração e as dez horas de jejum!

Segunda - Ano Bíblico: Nm 15, 16

O teste da vida


“As suas obras os acompanham”, diz Apocalipse 14:13 com respeito à recompensa dos justos. Somente o futuro testificará do verdadeiro valor de cada pessoa. Indivíduos podem se vangloriar hoje de sua riqueza, de seu conhecimento, de suas proezas físicas, e talvez tudo isso seja verdade. Mas, o que essas coisas significam aos olhos de Deus? Muitas vezes fica demonstrado que as características, as consecuções e as realizações que os seres humanos exaltam como importantes ou admiráveis são, na verdade, refugo inútil. Basta você olhar para alguns dos personagens muitas vezes desprezíveis da indústria do entretenimento, que são idolatrados pelos fãs. Aquilo que idolatramos apresenta um poderoso testemunho de quão caídos estamos.

3. Leia Provérbios 20:6 (veja também Jeremias 9:23, 24; Marcos 9:35). O que essas passagens estão nos dizendo sobre o que tem real valor para Deus?

Não é um ato isolado e sensacional de amor ou sacrifício que demonstra a alta qualidade de nossos relacionamentos, mas a longa série regular de pequenos atos que realizamos dia a dia, pacientemente e sem falta. A refeição diária servida para seu cônjuge, a constante atenção a um pai ou mãe doente, o esforço contínuo no seu trabalho; todos esses atos humildes, ao longo da vida, são evidências de que sua fé é autêntica. A fidelidade perseverante é mais valiosa do que atos de amor intensos, mas raros.

Esse princípio vale também para nosso relacionamento com Deus. É mais difícil e mais valioso viver para Deus do que morrer por Ele: se não por nenhuma outra razão, ao menos pelo fato de que viver requer mais tempo do que morrer. É maior o santo que vive por Deus do que o mártir que morre por Ele. Qualquer um pode afirmar que crê em Deus e que O serve; a pergunta é: Até quando isso vai durar? Como Jesus disse: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24:13).

Por meio da paciência, da bondade e da disposição para suprir as necessidades dos outros, você pode revelar a alguém um pouco do caráter de Cristo? Você está disposto a fazer isso, não importa qual o custo para si mesmo?

Comece por você! Faça planos de orar todos os dias por um propósito espiritual!

Terça - Ano Bíblico: Nm 17–19

Esperar pelo Senhor


4. Leia Provérbios 20:17 e 21:5. Que lição prática podemos encontrar nessas passagens?

O ladrão que rouba pão o obtém mais rapidamente do que alguém que precisa trabalhar para adquiri-lo. O vendedor que mente para vender mercadorias de má qualidade pode se tornar rico mais depressa do que o comerciante honesto (compare Provérbios 21:5 com o versículo seguinte). Contudo, diz o provérbio, o futuro transformará a suavidade em “pedrinhas de areia”, e a riqueza adquirida com rapidez se transformará em pobreza. A passagem dá vários exemplos para ilustrar a veracidade dessa afirmação:

1. A herança (Pv 20:21). A menção de uma herança obtida com demasiada rapidez (dando a entender que os pais ainda estão vivos) vem após a condenação daquele que amaldiçoa seus pais (Pv 20:20). A associação desses dois provérbios é significativa. É como se o filho (ou a filha) amaldiçoasse os pais e também quisesse vê-los mortos. Talvez tivesse até planejado a morte dos pais para obter a herança. O futuro desse comportamento é trágico: a lâmpada da qual ele atualmente desfruta a luz se tornará em “densas trevas” (v. 20) e a maldição que ele pronunciou contra os pais se voltará contra ele, pois “o seu fim não será bendito” (v. 21, ARC).

2. A vingança (Pv 20:22). Dessa vez o provérbio se destina à vítima que pode ser tentada a buscar a vingança pelo mal que foi cometido contra ela. O conselho é, simplesmente: “Espera pelo Senhor.” Somente então você obterá livramento, o que implica que se você buscar a vingança, estará correndo sério risco. Provérbios 25:21, 22 enfatiza a mesma instrução, usando a metáfora de amontoar brasas vivas na cabeça do inimigo, um ritual egípcio que expressa arrependimento e conversão. Se você se abstiver da vingança, como é prometido em Provérbios 20:22, você será salvo pelo Senhor e, nesse processo (como acrescenta Provérbios 25:21, 22), você salvará seu inimigo, vencendo assim o mal com o bem (Rm 12:21).

Como você pode aprender a imitar o caráter de Cristo no aspecto de vencer o mal com o bem? Por que isso é tão contrário à nossa natureza? Por que a morte para o eu é a única maneira de alcançar esse fim?

Se você nunca jejuou, terá uma grande oportunidade no próximo dia 28! Ore por isso!

Quarta - Ano Bíblico: Nm 20, 21

Compaixão pelos pobres


O caráter de alguém não é medido tanto pela sabedoria, nem mesmo pelos compromissos religiosos, mas pela disposição para ajudar os pobres e os necessitados. Seu caráter não é formado pelo que você tem, mas pelo que você dá a seu próximo. A medida de seu caráter é quem você é para seu próximo. O samaritano que salva o próximo está mais perto do reino de Deus do que o sacerdote espiritual (Lc 10:26-37). O livro de Provérbios enfatiza e explica essa prioridade.

Por amor a Deus: A primeira razão para fazer disso uma prioridade está no próprio Deus, que prefere a compaixão humana pelos pobres ao nosso zelo religioso (Pv 19:17; 21:13). Sua sensibilidade para com os pobres e seus atos concretos em favor deles contam mais para Deus do que qualquer de seus atos religiosos. Na verdade, Ele está pessoalmente envolvido nessa obra, de forma que, quando damos aos pobres, é como se estivéssemos dando ao próprio Deus (Mt 25:35-40).

5. Leia Mateus 25:35-40. O que isso nos diz sobre a maneira pela qual Jesus Se identifica intimamente com os necessitados? De que forma essa verdade afeta a maneira de nos relacionarmos com essas pessoas?

Por amor aos pobres: A segunda razão está na pessoa pobre, que é tanto criatura de Deus quanto a rica (Pv 22:2). A igualdade entre os seres humanos, com base no fato de que Deus os criou a todos, torna o pobre tão digno de atenção quanto o rico. Devemos amar nosso próximo pelo que ele é: um ser feito à imagem de Deus.

Ao mesmo tempo, pense em como o ato de ajudar os necessitados faz bem a você. Nossa natureza básica é egoísta; automaticamente temos a tendência de pensar em nós mesmos antes e acima dos outros. Ao nos doarmos, aprendemos a morrer para nós mesmos e a refletir melhor o caráter de Cristo. O que é de mais valor para nós do que isso?

Você obtém maior senso de satisfação pessoal quando ajuda os necessitados do que quando faz coisas apenas para si mesmo?

Mais de 17 milhões de pessoas estarão unidas em oração! Amanhã começaremos esse movimento!

Quinta - Ano Bíblico: Nm 22–24 

Educação


A palavra hebraica para “educação” vem de um termo que significa “edificar” e “começar”. Todos esses significados estão contidos na ideia hebraica de educação: quando ensinamos uma criança (Pv 22:6), edificamos, começamos e lançamos o alicerce para o futuro. Os pais e educadores são, portanto, responsáveis pelo futuro das crianças e, por implicação, pelo futuro do mundo. O que fazemos com nossas crianças hoje afetará a sociedade nas gerações futuras.

6. Leia Provérbios 22:6. O que isso diz sobre a importância de educar corretamente as crianças?

É significativo que a palavra hebraica para “educar” é a mesma palavra usada para a consagração do templo (1Rs 8:63). A educação inicial que recebemos na vida tem a mesma influência do templo: tem um impacto sobre nossa salvação que se estende para além de nossa própria vida. “Aos pais é comissionada a grande obra de educar e preparar os filhos para a vida futura e imortal” (Ellen G. White, 
Orientação da Criança, p. 38). Tal educação tem um efeito eterno. O apóstolo Paulo parece ter se referido a esta passagem quando elogiou Timóteo por sua educação desde criança no conhecimento das “Sagradas Letras, que [podiam torná-lo] sábio para a salvação” (2Tm 3:15).

7. Leia Provérbios 22:8, 15. Que princípios encontramos nesses versos?

A educação pode ser comparada à atividade de semear. O futuro de nossa sociedade e de nossos filhos depende do que semeamos. Se nossa semente foi a “injustiça”, então nossa educação (“a vara”) falhará, e segaremos males (v. 8). Se nossa semente tocar o coração das crianças (v. 15), então a vara de nossa educação afastará da criança sua insensatez.

Frequentemente ensinamos a outros (especialmente as crianças) pelo nosso exemplo. Pense sobre seu exemplo. Que tipo de legado você está deixando? Seu exemplo poderia ser melhor em alguma área? Em caso afirmativo, qual?

Necessidade de oração: Vamos orar hoje para que Deus nos dê perseverança para buscá-Lo constantemente por meio da oração.

Sexta - Ano Bíblico: Nm 25–27 

Estudo adicional


“Os pais devem ser modelos de veracidade, pois essa é a lição diária que deve ser impressa no coração da criança. Princípios firmes devem governar os pais em todos os negócios da vida, especialmente na educação e no preparo dos filhos. ... Pais, nunca mintam nem digam uma inverdade por preceito nem exemplo. Se quiserem que seus filhos sejam verdadeiros, sejam fiéis vocês mesmos (Ellen G. White, Orientação da Criança, p. 151).

“Muitos pais e mães parecem pensar que, se alimentarem e vestirem seus pequenos, educando-os segundo a norma do mundo, terão cumprido o seu dever. Estão ocupados demais com negócios ou prazeres para tornarem a educação dos filhos o estudo de sua vida. Não procuram educá-los de tal maneira que eles venham a empregar os talentos para a honra de Seu Redentor. Salomão não disse: ‘Dize ao menino o caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.’ Mas: ‘Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele’” (Pv 22:6, ARC; Ibid., p. 38).

Perguntas para reflexão

1. Reflita mais na ideia de Provérbios 22:6. Muitos pais fizeram um bom trabalho ao criar seus filhos, mas quando adultos esses filhos fazem más escolhas. Por que, ao considerar o significado dessa passagem, nunca devemos nos esquecer da realidade do livre-arbítrio e da realidade do grande conflito?

2. Dê mais uma olhada na pergunta para reflexão que está no fim da lição de quarta-feira. O que ela nos diz sobre nós mesmos quando obtemos um senso de satisfação ao ajudar os outros, especialmente quando não recebemos nada em troca? O que essa verdade deve nos dizer sobre o porquê de muitas pessoas que possuem tanto das riquezas deste mundo serem infelizes?

3. Embora não sejamos todos iguais em talentos, educação, experiência e assim por diante, somos iguais no que é mais importante: todos precisamos da cruz para ser salvos. O que isso deve nos ensinar sobre a igualdade e o valor básico de todos os seres humanos? Como essa verdade deve afetar nossa maneira de tratar todas as pessoas?

Respostas sugestivas: 1. Todos os seres humanos são iguais porque foram criados por Deus. 2. O fato de sermos todos pecadores. 3. O que tem verdadeiro valor para Deus são a fidelidade, o relacionamento com Ele e o serviço em favor de outros. 4. A pressa em conseguir as coisas leva à infelicidade e à miséria. 5. Sempre que fazemos algo em favor de um necessitado, é como se estivéssemos fazendo ao próprio Cristo. O amor a Deus nos faz ter amor por Seus filhos. 6. Quando ensinamos uma criança, estamos promovendo em seu futuro um impacto que se estende para além desta vida. 7. Se educarmos mal a criança, colheremos males. Mas, se a educarmos bem, a criança será afastada da insensatez natural do coração humano.

Deus ouve a oração do humilde: Hoje é dia de orar por mais humildade e dependência de Deus em tudo.