19 de outubro de 2012

As Três Mensagens Angélicas‎ - ‎Primeira Mensagem 3ª Parte de 8

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A Lei do Tribunal Celestial

"Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no Céu, e foi vista a arca da aliança no Seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada."(a) (Apocalipse 11:19 RA).

A arca da aliança de Deus está no santo dos santos, ou lugar santíssimo, que é o segundo compartimento do santuário celestial. No ministério do santuário terrestre, que servia como representação das coisas celestiais (Hebreus 8:1-2Hebreus 9:23-25), este compartimento se abria somente no grande dia da Expiação, para a purificação do santuário. Portanto, o anúncio que o templo de Deus se abrira no Céu, e que fora vista a arca de Sua aliança, indica a abertura do lugar santíssimo do santuário celestial, em 1844(b), quando Cristo entrou ali para efetuar a obra finalizadora da expiação(c).


Os que pela fé seguiram seu sumo sacerdote, ao iniciar Ele o ministério no lugar santíssimo, contemplaram a arca de Sua aliança. Ao estudarem o santuário celestial fazendo o paralelismo com o santuário terrestre, compreenderam a mudança realizada no ministério do Salvador, e viram que Ele agora oficiava diante da arca de Deus, pleiteando com Seu sangue em favor dos pecadores.
A arca do santuário terrestre continha as duas tábuas de pedra, sobre as quais se achavam inscritos os preceitos da lei de Deus. A arca era mero receptáculo das tábuas da lei, a presença dos preceitos divinos é que lhe dava valor e santidade. Na qualidade de reflexo do caráter de Deus, os Dez Mandamentos são de natureza moral, espiritual e de princípios universais. Eles trazem consigo a distinção singular de serem as únicas palavras que Deus falou audivelmente a toda uma nação. Deus não confiou Sua lei à desatenta mente humana, que facilmente esquece as coisas, mas cravou-a com Seu próprio dedo em tábuas de pedra para serem preservadas no interior da arca.1
Os mandamentos contidos nessas tábuas (e registrados por Moisés no Pentateuco)(d), eram uma transcrição exata daqueles presentes na lei de Deus original que encontra-se guardada na arca do santuário celeste. Os que chegaram à compreensão deste ponto importante perceberam o caráter sagrado e imutável da lei divina. Viram, como nunca dantes, a força das palavras do Salvador: "Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da lei a menor letra ou o menor traço (...)" (Mateus 5:18 NVILucas 16:17). A lei de Deus, sendo a revelação de Sua vontade e transcrição de Seu caráter, permanece para sempre como uma fiel testemunha no Céu. Nenhum mandamento foi anulado; nenhum jota ou til mudou. Diz o salmista: "Para sempre, ó Senhor, a Tua palavrapermanece no Céu." (Salmos 119:89 KJV). "As obras das Suas mãos são fiéis e justas; todos os Seus preceitos merecem confiança. Estão firmes para sempre, estabelecidos com fidelidade e retidão." (Salmos 111:7-8 NVI).

Os que aceitaram a luz relativa à mediação de Cristo e à perpetuidade da lei de Deus compreenderam estas verdades apresentadas no capítulo 14 de Apocalipse. As mensagens deste capítulo constituem uma tríplice advertência que prepara os habitantes da Terra para a segunda vinda do Senhor, e serão proclamadas até o fim do tempo da graça. O anúncio da primeira, dessas três mensagens, diz: "Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo." (Apocalipse 14:7 RA). Esta mensagem aponta para o trabalho final de salvação conduzido pelo ministério de Cristo; ela anuncia uma verdade que deve ser proclamada até que cesse a intercessão do Salvador, ocasião em que Ele retornará à Terra para receber o Seu povo. A obra do juízo que começou em 1844, continuará até que os casos de todos estejam decididos, tanto dos vivos como dos mortos.

Com o propósito de preparar os homens para estarem firmes no juízo, a primeira mensagem lhes ordena temer, glorificar e adorar "Aquele que fez o céu e a terra, e o mar, e as fontes das águas"(e) (Apocalipse 14:7 cf. Êxodo 20:11). E o resultado de sua aceitação é a perseverança em guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus (Apocalipse 14:12 RA cf. Apocalipse 12:17).

Contudo, a obediência aos mandamentos não deve ser praticada por medo à Deus, esse tipo de obediência nunca foi exigida pela lei. A expressão "temer a Deus" não significa manter um sentimento de pavor e intranquilidade, mas procurar viver em harmonia com Seus ensinos por amor (Mateus 22:34-40Romanos 13:8-10I João 5:1-3); significa desejar obter a sabedoria que conduz a uma vida de retidão:
"(...) se você aceitar as Minhas palavras e guardar no coração os Meus mandamentos; se der ouvidos à sabedoria e inclinar o coração para o discernimento; se clamar por entendimento e por discernimento gritar bem alto; se procurar a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como quem busca um tesouro escondido, então você entenderá o que é temer o Senhor e achará o conhecimento de Deus." (Provérbios 2:1-5 NVI).
E essa busca é o dever de todo o homem (Eclesiastes 12:13-14). Porém, a sua natureza pecaminosa encontra-se em constante oposição à lei e contra a influência do Espírito Santo, que tenta estabelecê-la na vida do pecador:
"Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a mentalidade da carne é inimigade Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus." (Romanos 8:5-8NVI cf. Gálatas 5:16-18).

"O Espírito Santo também nos testifica a este respeito. Primeiro Ele diz: 'Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor. Porei as Minhas leis em seu coração e as escreverei em sua mente'." (Hebreus 10:15-16 NVI).
"A lei é espiritual" (Romanos 7:14), portanto, somente aqueles que volvem-se com as coisas espirituais desenvolvem os "frutos do Espírito" e podem obedecer a lei (Gálatas 5:22-25). É o Espírito de Deus que guia e fortalece para a obediência (João 14:25-26). As leis humanas abrangem apenas atos públicos. Mas os Dez Mandamentos são "ilimitados" (Salmos 119:96-97), alcançando os nossos mais secretos pensamentos, desejos e emoções, tais como: ciúme, inveja, lascívia e ambição (cf. Gálatas 5:19-21). Durante o sermão da Montanha, Jesus enfatizou essa dimensão espiritual da lei, demonstrando que a transgressão começa no coração (Mateus 5:21-22Mateus 5:27-28Marcos 7:21-23). E essa mesma lei será a norma de caráter de Seu juízo. A este respeito Paulo e Tiago declaram:
"Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados."(f) (Romanos 2:12-13RA).

"Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, Aquele que disse: 'Não adulterarás', também ordenou: 'Não matarás'. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade." (Tiago 2:10-12 RA cf. Tiago 1:25).

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