20 de março de 2015

Lição 13 - As mulheres e o vinho de 21 a 28 de março

Sábado à tarde - Ano Bíblico: Jz 20, 21


VERSO PARA MEMORIZAR:

“Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos, às que destroem os reis. Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte” (Pv 31:3, 4).

Leituras da Semana:

Pv 31; Jó 29:15; Pv 8; 1Co 1:21; Ap 14:13

O livro de Provérbios começa com os ensinos de um pai (Pv 1:1, 8; 4:1) e termina com os ensinos de uma mãe (Pv 31:1). O nome Lemuel pode ser uma alusão a Salomão; caso o seja, então a mãe de Lemuel é a mãe de Salomão, e ela adverte o filho contra as duas mais sérias ameaças ao rei: o vinho e as mulheres.

A associação entre vinho e mulheres é deliberada. Para ser eficiente como governante, o rei tem que ser cuidadoso com as influências que enfrenta, e esses dois fatores podem ser muito fortes. Embora possa haver uma mulher certa, que traga benefícios, o álcool só traz problemas.

A introdução do pai dizia respeito à aquisição espiritual da sabedoria. Agora, a conclusão da mãe diz respeito à aplicação da sabedoria na vida real, pois os princípios espirituais ensinados pelo pai não significariam nada se os conselhos práticos dados pela mãe não fossem seguidos. 

No próximo sábado, 28 de março, começará a Semana Santa, que terá como tema “A Paixão de Cristo é Você!” Já convidou a pessoa que você levará às reuniões? Comece hoje a orar por essa pessoa.

Domingo - Ano Bíblico: Rute 

Um brinde “à vida”?


Em muitas culturas, o ato de tomar bebidas alcoólicas está associado à vida. As pessoas levantam um copo e desejam umas às outras uma vida longa, embora a ironia seja que cada copo contribui para destruir a vida. Garrafas com belos formatos, canções poéticas e engraçadas relacionadas à bebida, comerciais inteligentes, e até algumas descobertas “científicas” – todas essas coisas confortam as pessoas que bebem com a ideia de que o álcool possa ser bom para elas. O livro de Provérbios já nos adverte contra esse engano mortal (Pv 23:30-35). Agora o tema reaparece, mostrando-nos mais danos que a bebida pode causar.

1. Leia Provérbios 31:4, 5, 8, 9. O que esses versos dizem, e como a mensagem deles se aplica a todos os seguidores do Senhor?

Em linguagem semelhante, Jó se descreve como sendo “olhos para o cego e ... pés para o coxo” (Jó 29:15). Da mesma forma, o rei ou aqueles que têm recursos devem ajudar a sustentar o pobre e o necessitado, que é descrito como “mudo”, ou seja, que não tem voz porque ninguém o ouve.

O efeito destrutivo do vinho também pode ser visto em sua maneira de deturpar tão facilmente o discernimento. Embora o álcool já seja mau para as pessoas comuns, para um rei ou alguém em posição de poder ele pode criar situações terríveis. Os reis que bebem não só “não lembram das leis” (Pv 31:5, NTLH) e não sabem o que é certo, mas subsequentemente pronunciam juízos distorcidos: os culpados são declarados inocentes, e os inocentes, culpados.

O que está em jogo aqui é a capacidade de discernir entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. A proibição de beber vinho diz respeito à sabedoria elementar e, como tal, deve se aplicar a todo ser humano. É digno de nota que essa preocupação seja precisamente a razão implícita na proibição específica da bebida aos sacerdotes: “para fazerdes diferença entre o santo e o profano” (Lv 10:9, 10).

Quem já não viu os efeitos devastadores do álcool sobre tantas vidas? Como você pode ajudar outras pessoas, especialmente os jovens, a se manterem afastadas daquilo que pode prejudicá-las e a outros?

Participe do projeto “Reavivados por Sua Palavra”: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/

Segunda - Ano Bíblico: 1Sm 1–3

Um brinde “à morte” 


2. Leia Provérbios 31:6, 7. Como devemos entender esses versos?

Uma leitura rápida desses versos dá a impressão de que a mãe de Lemuel permitia o consumo de vinho ou de qualquer outra bebida alcoólica para a pessoa que estivesse à morte (v. 6) ou para a pessoa que sofresse de depressão (v. 7). Essa interpretação, contudo, estaria em contradição não só com o contexto imediato (pois a mãe de Lemuel advertiu o rei contra o consumo de vinho), mas também com o contexto geral do livro de Provérbios, que sistemática e enfaticamente proíbe o consumo do vinho.

Além disso, dificilmente faria sentido oferecer, para quem estivesse morrendo, algo que só pioraria sua saúde e seu bem-estar. E dar álcool para uma pessoa deprimida é como dar sal para alguém que já está desidratado. Se, como sabemos, Deus Se importa com nosso corpo e com nossa saúde, não tem sentido pensar que esses textos, dentro de seu contexto, estejam encorajando o consumo do álcool.

E, o que é mais importante, uma análise do uso da expressão “aos que perecem” no livro de Provérbios revela que esse verbo sempre está associado aos ímpios (Pv 10:28; 11:7, 10; 19:9; 21:28; 28:28). Por meio da expressão “aos que perecem”, a mãe de Lemuel, na verdade, se refere, por associação, aos ímpios. Quanto à expressão “amargurados de espírito”, esta se refere às pessoas deprimidas (Pv 31:6) que, como os ímpios, se tornam insensíveis e, assim, se esquecem da pobreza (Pv 31:7).

“Satanás reuniu os anjos caídos a fim de inventar algum meio de fazer o máximo de mal possível à família humana. Foi apresentada proposta sobre proposta, até que finalmente Satanás mesmo imaginou um plano. Ele tomaria o fruto da vide, também o trigo e outras coisas dadas por Deus como alimento, e os converteria em venenos que arruinariam as faculdades físicas, mentais e morais do homem, dominariam de tal maneira os sentidos, de modo que Satanás teria sobre eles inteiro controle. Sob a influência da bebida alcoólica, os homens seriam levados a praticar todas as espécies de crimes. Mediante o apetite pervertido, o mundo seria corrompido. Levando os homens a tomar álcool, Satanás os faria descer cada vez mais baixo” (Ellen G. White, Temperança, p. 12). 

Terça - Ano Bíblico: 1Sm 4–6

Mulher virtuosa


“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas joias” (Pv 31:10).

Quem é a “mulher virtuosa” de Provérbios 31:10? Vários indicativos sugerem que o autor tinha em mente algo mais do que uma mulher piedosa ou a esposa ideal. Seguindo a pista de muitas passagens do livro (Pv 1:20-33; 3:13-20; 4:5-9; Pv 8), temos boas razões para crer que a “mulher virtuosa” represente a sabedoria. Essa personificação da sabedoria como uma mulher é justificada não somente porque a palavra hebraica para “sabedoria”, chokmah, é um substantivo feminino, mas porque isso também permite que o escritor hebraico extraia todos os tipos de lições concretas para nossa vida diária. A sabedoria não é retratada como um ideal sublime e inatingível, mas como uma mulher muito prática e acessível que poderia se tornar nossa companheira de vida.

Este último ensino sobre a sabedoria é dado por meio de um belo poema acróstico: cada verso começa com uma letra hebraica em ordem alfabética, como no livro de Lamentações e em muitos salmos.

3. Compare o texto sobre a sabedoria, em Provérbios 8, com nosso texto sobre a “mulher virtuosa”. Quais características da “mulher virtuosa” nos fazem lembrar da sabedoria apresentada no livro de Provérbios?

a. Ela é preciosa e vale a pena encontrá-la (Pv 31:10; 8:35).

b. Seu valor excede o de finas joias (Pv 31:10; 8:10, 11, 18, 19).

c. Ela provê alimento (Pv 31:14; 8:19).

d. Ela é forte (Pv 31:17, 25; 8:14).

e. Ela é sábia (Pv 31:26; 8:1).

f. Ela é elogiada (Pv 31:28; 8:34).

Embora vivamos na chamada era da informação, e tenhamos adquirido muito mais conhecimento do que as gerações passadas, pouca coisa indica que nossa geração seja mais sábia do que as anteriores. Na verdade, como disse Martin Luther King Jr.: “Temos mísseis guiados e homens desorientados.”

Leia 1 Coríntios 1:21. O que esse verso diz a você, e como essa ideia pode ajudá-lo a viver pela fé?

Quarta - Ano Bíblico: 1Sm 7–10

Ela trabalha 


A mulher virtuosa de Provérbios 31 não é preguiçosa; ela trabalha arduamente e é muito ativa. O poema insiste nessa qualidade (Pv 31:27), que caracteriza o sábio em contraste com o insensato (Pv 6:6; 24:33, 34). Sua esfera de atividade é ampla e concreta. O fato de sermos espirituais não significa que devamos ser preguiçosos, usando o pretexto de que estamos preocupados com questões religiosas altamente importantes e, assim, não temos tempo para cuidar de assuntos “triviais” (Ver Lc 16:10.) A mulher “de bom grado trabalha com as mãos” (Pv 31:13). É interessante que exatamente essa pessoa espiritual nunca é retratada orando ou meditando. Ela é mostrada como uma mulher eficiente e produtiva, muito semelhante a Marta, mencionada nos evangelhos (Lc 10:38-40).

4. Leia Provérbios 31:12, 15, 18. Por que a mulher está sempre trabalhando?

A mulher nunca descansa. Ela trabalha “todos os dias da sua vida” (v. 12), até durante a noite (v. 15, 18). Sua presença ativa e vigilante é eficiente o tempo todo. A razão pela qual ela está constantemente atenta é sua responsabilidade. Ela tem que estar lá, do contrário tudo entrará em crise.

5. Leia Provérbios 31:20, 25. Que objetivo temporal ela pretende alcançar com suas atividades?

Aqui tocamos num ponto importante com respeito ao nosso trabalho e esforço: ele será testado pelo tempo. Somente o futuro mostrará a qualidade de nossos atos. Trabalhar sabiamente é trabalhar tendo em mente o futuro, e não apenas uma recompensa imediata.

Embora não trate exatamente da mesma coisa, é muito importante o princípio contido na seguinte passagem do Apocalipse: “Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham” (Ap 14:13).

Se você tem uma mulher especial em sua vida, o que você pode fazer para mostrar sua apreciação por ela e por tudo o que tem feito por você? 

Quinta - Ano Bíblico: 1Sm 11–13

Ela se importa


6. Leia Provérbios 31:26-31. Que outras características importantes são vistas nessa mulher? Por que essas características são importantes para todos nós?

Vimos, em todo este trimestre, uma ênfase nas palavras, naquilo que dizemos. A mulher é conhecida por sua sabedoria e por sua bondade. Essas coisas estão inter-relacionadas. Afinal de contas, não se poderia argumentar que a bondade seja outra forma de sabedoria, especialmente quando compreendemos que sabedoria não é apenas o que sabemos, mas também o que dizemos e fazemos?
Note, igualmente, a expressão “a instrução da bondade”. Isto é, a bondade não é apenas um atributo efêmero que escapa dos seus lábios de vez em quando. É uma lei, um princípio de sua própria existência. Como seria impressionante se a “instrução da bondade” guiasse tudo o que sai da nossa boca!

7. Leia Provérbios 31:30. Que importante ponto é revelado, o qual é esquecido com tanta frequência?

Com demasiada frequência, as mulheres são avaliadas apenas em termos da aparência exterior; esse é um indicativo tão frívolo e superficial! A Bíblia destaca exatamente quanto é inútil, quanto é vazia essa atitude. A verdadeira beleza dessa mulher se encontra em seu caráter e na maneira pela qual esse caráter se manifesta em sua vida e em seus atos. A beleza irá passar, mas o caráter pode permanecer para sempre. “Um grande nome entre os homens é como letras traçadas na areia; mas um caráter impoluto é de duração eterna” (Ellen G. White, Maravilhosa Graça, p. 79).

Em que áreas da sua vida você precisa ver melhoras em seu caráter? Orar sobre isso está certo, mas que passos concretos você precisa dar em direção ao crescimento?

Sexta - Ano Bíblico: Jz 17–19

Estudo adicional


“Quando condescenderam com seu apetite por vinho e enquanto estavam sob seu estímulo excitante, sua razão se tornou anuviada e não conseguiram discernir a diferença entre o sagrado e o comum. Contrariando as indicações expressas por Deus, eles O desonraram oferecendo fogo comum em lugar de fogo santo. Deus os visitou com Sua ira; saiu fogo de Sua presença e os destruiu” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 295).

“Aprendam as crianças e jovens pela Bíblia como Deus tem honrado a lida do trabalhador. Leiam […] acerca da mulher sábia descrita no livro dos Provérbios, a qual ‘busca lã e linho e trabalha de boa vontade com as suas mãos, […] dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas, […] planta uma vinha, […] e fortalece os braços, abre a mão ao aflito, […] ao necessitado estende as mãos, olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça’” (Pv 31:13, 15-17, 20, 27; Ellen G. White, Educação, p. 217).

Perguntas para reflexão

1. Por que a única opção certa é a total abstinência do álcool?

2. Reflita mais na ideia de que, embora tenhamos muito mais conhecimento, não temos necessariamente mais sabedoria. De que maneiras o conhecimento sem sabedoria pode ser ainda mais perigoso do que a falta de conhecimento sem sabedoria? Quais são alguns exemplos recentes de quanto pode ser prejudicial o conhecimento sem sabedoria?

3. Recapitule as características da “mulher virtuosa”. Como os princípios que estão por trás do que é revelado nessa situação específica podem ser aplicados aos crentes, independentemente de sexo, estado civil ou idade?

4. O livro de Provérbios está cheio de sabedoria prática. Isso deveria nos dizer que a nossa religião, mesmo com toda a sua exaltada teologia e suas dimensões espirituais, tem igualmente um lado muito prático. Como podemos ter certeza de que não iremos negligenciar os aspectos práticos da fé ao procurarmos cumprir suas dimensões teológicas e espirituais?

Respostas sugestivas: : 1. Esses versos dizem que é um dever ajudar os pobres e os necessitados, e dizem também que o álcool distorce a noção do que é certo e do que é errado. 2. Os que bebem vinho são os ímpios e os que desejam fugir da realidade. 3. Tanto a sabedoria quanto a mulher virtuosa são descritas como tendo grande valor, maior que o de joias; como fornecedoras de alimento; como fortes e sábias. 4. Porque ela tem a responsabilidade de cuidar de tudo. 5. Fazer provisão para o futuro e ajudar os necessitados. 6. Falar com sabedoria e bondade; ser diligente; temer ao Senhor. 7. A beleza passa, mas o caráter permanece.

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