27 de fevereiro de 2015

Lição 10 - Por trás da máscara de 28 de fevereiro a 7 de março

Sábado à tarde - Ano Bíblico: Dt 11–13


VERSO PARA MEMORIZAR:

“Não se engrandeça na presença do rei, e não reivindique lugar entre os homens importantes” (Pv 25:6).


Leituras da Semana:

Pv 25:2, 3; 26:11, 12; 1Co 1:20, 21; Pv 26:13-16; 27:5, 6 

Por trás da deslumbrante serpente que proferia palavras suaves e que parecia estar preocupada com a felicidade de Eva se escondia o inimigo, que planejava sua morte (Gn 3:1-6). Disfarçado como “anjo de luz”, Satanás prepara as mais perigosas armadilhas para os seres humanos (2Co 11:14). Mas, ainda mais perigoso e enganoso do que as armadilhas de Satanás, é nosso fingimento. Quando afirmamos ser o que não somos, acabamos enganando os outros e até a nós mesmos.

Há diversas maneiras de enganar. Uma das mais comuns é por meio da linguagem. Alguns dos provérbios desta semana tratam das palavras: palavras mentirosas, palavras lisonjeiras, palavras bonitas que usam sons agradáveis e sentimentos maravilhosos para cobrir maus pensamentos e intenções. Precisamos ser cuidadosos não só com o que dizemos aos outros, mas com nossa maneira de interpretar o que outros nos dizem. Talvez a mensagem desta semana possa ser resumida desta forma: “Eis que Eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10:16).

Dez horas de oração e jejum. Oração nos últimos dias: Hoje vamos orar pela nossa preparação para os eventos finais do mundo.

Domingo - Ano Bíblico: Dt 14–17

O mistério de Deus


A vida é cheia de mistérios. O físico David Deutsch escreveu: “Os eventos cotidianos são estupendamente complexos quando expressos em termos da física elementar. Se você enche uma chaleira de água e a coloca no fogo, nem todos os supercomputadores da Terra, trabalhando durante o número de anos que constitui a idade do Universo, poderiam resolver as equações que predizem o que todas aquelas moléculas de água irão fazer – mesmo que, de alguma forma, pudéssemos determinar o estado inicial delas e o de todas as influências externas que atuam sobre elas, o que, em si, é uma tarefa impraticável” (David Deutsch, 21/07/2011. The Beginning of Infinity: Explanations That Transform the World . Penguin Group, edição eletrônica para tablets Kindle, localizadores 1972-1975).
Se ficamos confundidos com algo tão comum como moléculas de água, como podemos esperar sequer começar a entender os mistérios de Deus?

1. Leia Provérbios 25:2, 3. Que ideia o autor está enfatizando, e como podemos aplicá-la a uma situação mais ampla?

O que torna a glória de Deus diferente da glória dos reis é Sua natureza “misteriosa” e, por implicação, nossa incapacidade humana de compreendê-Lo plenamente. A raiz hebraica str (encobrir, ocultar), da qual vem nossa palavra mistério, é frequentemente usada nas Escrituras Hebraicas (isto é, o AT) para caracterizar o que torna nosso Deus o único e verdadeiro (Is 45:14, 15). Há coisas sobre Deus que simplesmente não podemos entender. Por outro lado, o que constitui a glória dos reis é sua disposição para serem investigados. A transparência e a prestação de contas devem ser a primeira qualidade da liderança (Dt 17:14-20). É dever do rei esquadrinhar as coisas a fim de que possa dar uma explicação para os acontecimentos e para o que ele estiver fazendo.

A vida é tão cheia de perguntas sem resposta, não é? Numa fração de segundo, aparentemente eventos aleatórios podem fazer a diferença entre a vida e a morte. Algumas pessoas passam de tragédia em tragédia, enquanto para outros a vida transcorre bem. Tudo isso deve nos mostrar que precisamos viver pela fé. Existe algo acontecendo agora em sua vida que você tem que aceitar pela fé, confiando em Deus? Que outra escolha você tem?

Participe do projeto “Reavivados por Sua Palavra”: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/

Segunda - Ano Bíblico: Dt 18–20

O insensato como sábio


Embora não seja de origem recente, nos últimos anos tem se popularizado especialmente no mundo ocidental a ideia que defende a natureza relativa da verdade. Isto é, o que é verdadeiro para uma pessoa, ou uma cultura, pode não ser verdadeiro para outra. Embora isso esteja correto em determinadas situações (em alguns países a direção é do lado direito da estrada, enquanto em outros é do lado esquerdo), em outro nível é um erro perigoso, especialmente no âmbito moral. Certas coisas são certas e outras são erradas, não importa onde vivamos nem quais sejam nossas preferências pessoais. No fim das contas, precisamos sempre submeter nossos pontos de vista à Palavra de Deus e às verdades nela contidas. A Palavra de Deus deve ser nossa fonte suprema de conhecimento sobre o certo e o errado, o bem e o mal.

2. Leia Provérbios 26:11, 12. (Ver também Jz 21:25; 1Co 1:20, 21; 2:6, 7; 2Co 1:12.) O que todos nós devemos ter cuidado para não fazer?

Como podemos ver, essa ideia de fazer o que é certo aos nossos próprios olhos não é nova. Contudo, ela era tão errada naquela época quanto é hoje. Como já vimos, nenhum de nós compreende tudo: na verdade, não compreendemos nada em sua totalidade. Todos temos áreas em que precisamos crescer e aprender, portanto devemos estar sempre abertos ao fato de que não temos todas as respostas.

No caso dos insensatos, como se vê nesse provérbio, a razão para preocupação é que a influência da insensatez deles se estende para além deles mesmos. Eles estão agora mais convencidos do que nunca de que possuem sabedoria; portanto, irão repetir sua insensatez. Podem até ser tão convincentes que outros irão achar que eles são sábios e irão honrá-los e consultar seus conselhos, o que pode levar a grandes problemas (Pv 26:8). A insensatez se propagará, mas, pelo fato de estar rotulada como “sabedoria”, pode causar muito mais estragos. Além disso, os insensatos são tão tolos que não estão conscientes de sua insensatez.

Com que frequência você é tentado a ceder naquilo que reconhece como valores e verdades fundamentais? O que acontece, porém, quando certos valores fundamentais entram em choque? Como podemos saber quais devem ter prioridade?

Terça - Ano Bíblico: Dt 21–23 

O preguiçoso


“O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca” (Pv 26:15).

Assim como os estudantes que gastam mais tempo e energia se preparando para colar num exame do que estudando para ele, é irônico que as pessoas preguiçosas se empenhem para achar desculpas para sua preguiça!

3. Leia Provérbios 26:13-16. Que advertência encontramos nesse texto?

Talvez a pessoa preguiçosa esteja certa: “Um leão está no caminho” (Pv 26:13). Portanto, é mais sábio ficar em casa e não confrontar o perigo. Mas ao fazer isso, perdemos todas as oportunidades que a vida oferece. Nunca desfrutaremos a beleza da rosa se não corrermos o risco de ser machucados pelos espinhos. Nunca seremos capazes de seguir em frente se tivermos medo dos obstáculos. As pessoas que não ousam se entregar nunca experimentarão a plenitude da vida.

Examine as outras figuras contidas nesses versos. Assim como a porta se move sobre as dobradiças, mas não vai a parte alguma, as pessoas preguiçosas se revolvem na cama; isto é, apenas mudam de posição, mas também não vão a lugar nenhum.
A outra figura, no verso 15, é ainda mais surpreendente. Eles podem colocar a mão num prato de comida, mas são preguiçosos demais para levá-la à boca a fim de se alimentarem.

Porém, pior ainda é sua preguiça intelectual, sua mente fechada e sua convicção sobre suas próprias posições. Portanto, sob seu ponto de vista, eles sempre estarão certos, e serão mais sábios do que sete homens sábios (Pv 26:16); não estão abertos a outros pontos de vista que talvez sejam mais sábios do que os deles. Em geral, os que acham que possuem todas as respostas não as possuem.

“No Juízo, os homens não serão condenados porque creram conscienciosamente na mentira, mas porque não acreditaram na verdade, porque negligenciaram a oportunidade de aprender o que é a verdade” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 55). Como entendemos nosso papel de dar a outros a “oportunidade” de aprender o que é a verdade? Onde começa e onde termina nossa responsabilidade?

Quarta - Ano Bíblico: Dt 24, 25 

O amigo como inimigo


Se somos mais desapontados pelos nossos amigos do que pelos nossos inimigos, é porque esperamos o bem de nossos amigos e o mal de nossos inimigos. Porém, nem sempre funciona dessa forma, não é mesmo? É por isso que o livro de Provérbios nos adverte que às vezes um amigo se comporta como um inimigo, e um inimigo, como amigo.

4. Leia Provérbios 27:5, 6. Quando a repreensão pode ser um sinal de amor?

O amor não tem que ver apenas com beijos e palavras doces. O amor às vezes nos obriga a repreender um amigo ou um filho, e podemos correr o risco de parecer desagradáveis, condenadores e críticos. Podemos até perder amigos se falarmos com eles abertamente. Contudo, se não os advertirmos sobre o que eles estão fazendo, especialmente se aquilo for prejudicá-los, então que tipo de amigos somos?

A censura franca às vezes é um sinal de que nosso amor não está construído sobre a ilusão e o fingimento, mas sobre a verdade e a confiança.

5. Leia Provérbios 27:17. Qual pode ser o efeito da confrontação entre amigos?

A figura do ferro afiando o ferro sugere um benefício recíproco. A amizade provada pela verdadeira confrontação não só melhora em qualidade, mas também estimula e fortalece ambas as personalidades. As respectivas armas ganham em eficiência. No fim, ficaremos mais bem equipados para nossas futuras lutas. As pessoas que se refugiam em si mesmas e apenas em suas próprias ideias, e nunca enfrentam o desafio de conceitos diferentes, não crescem em conhecimento nem no caráter.

Você já foi repreendido em alguma situação em que realmente poderia ser prejudicado? O que teria acontecido se não tivesse sido advertido? Tendo isso em mente, considere: se você tiver que fazer o mesmo por outra pessoa, como pode fazê-lo de maneira redentora, sem condenação e crítica?

Quinta - Ano Bíblico: Dt 26–28

O inimigo como amigo


6. Leia Provérbios 26:17-23. Nas linhas abaixo, resuma o que é dito nesse texto. 

O livro de Provérbios toca novamente no poder das palavras, dessa vez tratando do dano causado pela maledicência e pela contenda. Aqueles que falam mal do seu inimigo diante de você, para fazê-lo pensar que estão do seu lado, são, na verdade, como “carvão”: alimentam a contenda e conduzem você para o fogo de mais problemas (v. 21).

Da mesma forma, os “lábios ardentes”, que parecem tão eloquentes, podem esconder um “coração maligno” (v. 23, ARC). O político que deseja ser eleito, o vendedor que deseja vender suas mercadorias, o galanteador que deseja seduzir uma mulher – todos eles conhecem o poder da eloquência.

A lição contida nessa passagem é que devemos suspeitar dos discursos bonitos. Eles podem ser perigosos exatamente por ser bonitos. Algumas pessoas têm boa oratória; podem parecer persuasivas, sinceras e solícitas, mas no seu interior algo completamente diferente está acontecendo. Embora todos nós já tenhamos sido vítimas de pessoas assim, quem, em algum momento, já não foi culpado de fazer a mesma coisa: dizer algo para alguém mas pensar ou sentir de maneira totalmente diferente? Salomão fala enfaticamente contra esse comportamento enganoso.

“Tudo quanto os cristãos fazem deve ser tão transparente como a luz do Sol. A verdade é de Deus; o engano, em todas as suas múltiplas formas, é de Satanás. […] Não é, entretanto, coisa leve ou fácil falar a exata verdade; e quantas vezes opiniões preconcebidas, peculiares disposições mentais, imperfeito conhecimento, erros de juízo, impedem uma justa compreensão das questões com que temos que lidar! Não podemos falar a verdade, a menos que nossa mente seja continuamente dirigida por Aquele que é a verdade” (Ellen G. White, Refletindo a Cristo, [MM 1986], p. 71).

Você é sincero e transparente no que diz? Há alguma desconexão entre suas palavras e seus pensamentos? Em caso afirmativo, qual? Você acha realmente que essa duplicidade pode ser mantida indefinidamente? (Ver Mateus 10:26, 27.)

Sexta - Ano Bíblico: Dt 29–31

Estudo adicional


“A atuação do Espírito de Deus não afasta de nós a necessidade de exercitar nossas faculdades e talentos, mas nos ensina a empregar toda capacidade para a glória de Deus. As faculdades humanas, quando estão sob a orientação especial da graça divina, são suscetíveis de ser empregadas para os melhores desígnios na Terra. A ignorância não aumenta a humildade nem a espiritualidade do professo seguidor de Cristo. As verdades da divina Palavra podem ser mais bem apreciadas pelo cristão intelectual. Cristo pode ser glorificado melhor por aqueles que O servem com inteligência. O grande objetivo da educação é nos habilitar a empregar de tal maneira o poder que Deus nos deu, que representemos a religião da Bíblia e promovamos a glória do Senhor.

“Somos devedores Àquele que nos deu a existência, quanto aos talentos que nos foram confiados; e é um dever que temos para com nosso Criador, cultivar e desenvolver esses talentos” (Ellen G. White, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 361, 362).

Perguntas para reflexão

1. Reflita um pouco mais nos mistérios que encontramos na vida diária, seja na natureza, nas interações humanas ou em assuntos que dizem respeito à fé e à natureza de Deus e da salvação. É uma das grandes ironias da vida que, quanto mais aprendemos, mais percebemos quão pouco sabemos. Por que isso é ainda mais verdadeiro no que diz respeito às verdades espirituais?

2. Quais são algumas das “verdades” relativas, culturais e sujeitas a mudanças? Como as distinguimos das verdades que são eternas, universais e imutáveis? Por que é tão importante sabermos a diferença entre elas? Por que a confusão entre verdades circunstanciais e verdades eternas é um dos grandes perigos que enfrentamos?

3. Tem sido dito que as pessoas inteligentes conservam seus amigos perto de si, e seus inimigos ainda mais perto. O que isso quer dizer? Sendo cristãos, como devemos considerar essa ideia? Talvez Mateus 10:16 possa ajudar na resposta.

Respostas sugestivas: 1. Os mistérios que Deus não revelou ao ser humano mostram Sua glória, mas a glória dos reis está em explicar as coisas que fazem. 2. Devemos ter cuidado para não nos julgar sábios, pois os que assim se julgam não estão conscientes de sua insensatez. 3. Sobre o fato de que não devemos ser como os preguiçosos, que não querem enfrentar nenhum perigo, que ficam sempre no mesmo lugar e que, por preguiça intelectual, acham que são sábios e que têm todas as respostas. 4. A repreensão é um sinal de amor quando vem de um amigo; ele nos repreende porque quer nosso bem. 5. Um benefício mútuo, como quando o ferro afia o ferro. 6. Mexericos e provocações levam a brigas; meter-­se na vida dos outros causa confusão; o mesmo ocorre com o ato de enganar os outros e dizer que é brincadeira. Como uma camada de esmalte sobre um vaso de barro, palavras bonitas podem ocultar um coração mau.


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