22 de janeiro de 2015

Lição 4 - Sabedoria divina

Sábado à tarde - Ano Bíblico: Êx 1–4


VERSO PARA MEMORIZAR:

“O Senhor me possuía no início de Sua obra, antes de Suas obras mais antigas” (Pv 8:22).

Leituras da Semana:

Pv 8:1-21; Mt 16:26; Pv 8:22-31; Gn 1:31; Pv 8:32-36; 9:1-18

Neste ponto do livro de Provérbios a sabedoria reaparece (ver Pv 1:20, 21), e fica claro pelas passagens desta semana que a sabedoria é a verdade: a verdade tal como existe em Deus, que é a fonte e o fundamento de toda a verdade.

Essa ênfase no caráter “absoluto” da verdade contrasta com uma vertente do pensamento contemporâneo, especialmente no Ocidente, onde ela é vista como algo relativo, condicional e cultural, de forma que a verdade de uma pessoa é diferente da de outra.
Mas esse conceito não é bíblico. Minha verdade tem que ser a mesma que a sua, simplesmente porque “verdade” é algo universal. Ela não pertence a ninguém em particular, mas a toda a humanidade, quer todos os seres humanos a reconheçam ou não.

É interessante que a famosa pergunta de Pilatos: “O que é a verdade?” (Jo 18:38) foi uma reação à declaração de Jesus: “Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz” (Jo 18:37). A verdade absoluta existe, e até mesmo fala a nós; a questão é se daremos ou não ouvidos a ela, e se obedeceremos ou não ao que ela está dizendo.

Todas as classes da Escola Sabatina podem ser instrumentos de Deus para que os amigos da igreja sejam levados a Jesus. Quantas pessoas sua classe está levando para o Senhor?

Domingo Ano Bíblico: Êx 5–8

A sabedoria clama


1. Leia Provérbios 8:1-21. De acordo com esses versos, qual é o valor da sabedoria?

A sabedoria é tão importante que precisa alcançar todos. Deus criou toda a vida humana, e Cristo morreu em favor de cada um de nós. Portanto a sabedoria, que consiste no conhecimento de Deus e da salvação que Ele oferece, é para todo ser humano.

Veja as palavras e expressões usadas para descrever a presença vocal da sabedoria: “clama”, “faz ouvir a sua voz”, “gritando”, “clamo”, “minha voz”, “falarei”, “lábios proferirão”, “boca”, “lábios”, “palavras da minha boca”. Seja qual for a maneira pela qual se entendam essas metáforas, o que está claro é que a sabedoria deve ser comunicada; ela deve ser ouvida por todos os que a quiserem ouvir. Afinal de contas, como vimos na semana passada, o que a sabedoria diz é uma questão de vida ou morte.

A sabedoria fala oito vezes sobre a veracidade de suas palavras. É interessante que a descrição da sabedoria aqui é paralela à descrição do Senhor em Deuteronômio 32:4. Esse paralelo, é claro, não deve nos surpreender, porque Deus, como o Criador de todas as coisas (ver Jo 1:1-3), é o fundamento de toda a verdade.

2. Leia Provérbios 8:10, 11. O que esses versos dizem sobre a sabedoria?

Tantas pessoas têm vivido em ignorância, insensatez e trevas! Muitos vivem sem esperança ou com falsas esperanças. O que torna pior essa triste situação é que a sabedoria e a verdade são maravilhosas e, graças ao sacrifício de Jesus, são cheias de esperança e da promessa de uma vida melhor agora, bem como de certeza de vida eterna em um novo céu e uma nova Terra! Toda a riqueza do mundo não significa nada (ver Ec 2:11-13) em contraste com o conhecimento de Deus.

Leia Mateus 16:26 e responda: sua vida reflete a verdade fundamental dessas palavras?

Participe do projeto “Reavivados por Sua Palavra”: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/ 

Segunda Ano Bíblico: Êx 9–11 

A sabedoria e a criação


3. Leia Provérbios 8:22-31. De que forma a sabedoria está relacionada à criação?

Nessa passagem, a sabedoria está misteriosamente relacionada ao Senhor como Criador. Esse poema tem muitas palavras em comum com o relato da criação, segundo Gênesis 1 e 2, e reflete até mesmo sua estrutura literária, organizada em torno dos três elementos básicos: o céu, a água e a Terra. A intenção desse paralelo é enfatizar a credencial primária da sabedoria: se o próprio Deus usou a sabedoria para criar, se ela é o instrumento mais antigo, anterior ao próprio Universo, e foi fundamental para que ele viesse à existência, então muito mais devemos nós usá-la em tudo o que fizermos na vida.

Há também uma forte ênfase na origem divina da sabedoria. A primeira expressão do poema é “o Senhor” (Yahweh), e é dito que Ele criou [ou “possuía”] (essa é a segunda expressão) a sabedoria. A palavra hebraica qanah (traduzida como “possuía” na ARA) tem a conotação de “gerar”, e não de “criar” (ver Dt 32:6; Gn 4:1).

A palavra seguinte é o termo técnico associado à criação de Gênesis, reshit (traduzida em Provérbios como “princípio”, ARC), que se encontra no primeiro verso de Gênesis: “No princípio, criou Deus os céus e a Terra.”

Contudo, a palavra “princípio” em Provérbios 8:22 é usada de maneira um pouco diferente de “princípio” em Gênesis 1. Em Gênesis 1:1, a palavra está relacionada à criação em si, enquanto em Provérbios 8:22 a palavra está relacionada ao próprio Deus, à Sua “obra”, ou “caminho” (NVI; no hebraico, derek), que significa Sua natureza. Assim, a sabedoria é parte da própria natureza de Deus.

Portanto, com relação ao tempo, a sabedoria está situada antes da criação do Universo. A existência da sabedoria naquele tempo em que só Deus estava presente coloca essa existência “desde a eternidade” (v. 23).

Assim, a sabedoria não se origina em nós, mas é revelada a nós; é algo que aprendemos, algo que nos é ensinado; não é algo que produzimos. Seguramente, andar em nossa própria luz é andar em trevas. A Bíblia nos diz que Jesus é “a verdadeira Luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1:9). Todos precisam dessa luz.

Terça Ano Bíblico: Êx 12, 13

Regozijando-se na criação


Em Gênesis 1 vemos que cada passo da criação termina com o mesmo refrão: “E viu Deus que era bom” (ver Gn 1:4, 10, 12, 18, 21, 25, 31). O último passo (v. 31) vai ainda além: “Era muito bom.” A palavra hebraica para “bom” contém a ideia de deleitar-se com algo, e também subentende relacionamento. No fim da semana da criação, Deus fez uma pausa para Se deleitar plenamente em Sua obra (Gn 2:1-3), e o tempo dessa pausa, o sábado, foi então abençoado. Da mesma forma, nosso poema em Provérbios termina com a sabedoria se deleitando na criação.

4. Leia Provérbios 8:30, 31. Por que a sabedoria estava se regozijando?

O regozijo da sabedoria reflete o regozijo de Deus na criação. Esse regozijo não só aconteceu “dia após dia”, a cada passo da criação, mas também coroou a obra criadora, quando foi concluída a criação da vida na Terra.

Em Provérbios 8, encontramos a razão do regozijo da sabedoria: “Achando as minhas delícias com os filhos dos homens” (v. 31). No fim da semana da criação, no sábado, Deus entrou num relacionamento com os seres humanos. O fato de que essa divina pausa e regozijo tenham ocorrido imediatamente após o trabalho da semana tem implicações para a experiência humana do sábado: “Seguindo o modelo do Criador, ele também pode olhar para trás, ao seu trabalho concluído, e sentir alegria, prazer e satisfação. Dessa forma o homem pode se regozijar, não só na criação de Deus, mas também no fato de ter exercido um domínio responsável sobre essa criação, em vez de explorá-la” – Gerhard F. Hasel, citado em Kenneth A. Strand, The Sabbath in Scripture and History (Review and Herald Publishing Association, 1982), p. 23.

Leia Colossenses 1:15-17; 2:3; Apocalipse 3:14 e João 1:1-14. O que esses versos nos dizem sobre o papel de Jesus na criação? Por que a função dEle como Criador é tão importante para compreendermos Sua função como Redentor? 

Quarta Ano Bíblico: Êx 14, 15

O apelo feito pela sabedoria


Os últimos versos de Provérbios 8 voltam ao âmbito pessoal, ou seja, à aplicação prática do que significa ter sabedoria. O conhecimento intelectual sobre a preexistência da sabedoria, sobre a presença da sabedoria na criação, certamente é profundo. Mas, na Bíblia, a verdade, em algum momento, precisa descer ao nível humano e requerer de nós uma resposta diante do que nos foi dado em Jesus.

5. Leia Provérbios 8:32-36. Que mensagem é dada nesse texto?

A palavra hebraica traduzida em algumas passagens como “bem-aventurados” (ARC) significa “felizes” (ARA). Nessa passagem, a palavra “felizes” está ligada a duas proposições. A primeira descreve uma ação: “Felizes serão os que guardarem os Meus caminhos” (v. 32). A mesma linguagem é usada no Salmo 119:1, 2, com respeito à lei: “Bem-aventurados os irrepreensíveis [...] que andam na lei do Senhor. Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições.”

A segunda proposição descreve uma atitude: “Feliz o homem que Me dá ouvidos” (v. 34). Em ambos os casos o requisito implica um contínuo esforço. Não é suficiente ter descoberto o caminho certo; temos de guardá-lo (v. 32). Não é suficiente ouvir a Palavra de Deus; temos de vigiar “dia a dia” (v. 34) e seguir aquilo que conhecemos. Como Jesus disse: “Bem-aventurados são os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam” (Lc 11:28).

“É essa a felicidade desejável que deve ser achada na senda da desobediência e da transgressão da lei física e moral? A vida de Cristo aponta a verdadeira fonte de felicidade, bem como a maneira de atingi-la. [...] Se quiserem ser verdadeiramente felizes, devem alegremente buscar ser achados no posto do dever, fazendo o trabalho que lhes resultará em fidelidade, conformando o coração e a vida com o modelo perfeito” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje, p. 162).

Por que nossa prioridade máxima deve ser a fidelidade a Deus, e não a busca da felicidade? O que produz felicidade: o esforço para alcançá-la, ou o ato de buscar primeiro o reino de Deus? Por quê?

Quinta Ano Bíblico: Êx 16, 17

Sabedoria ou loucura


Após o apelo feito pela sabedoria, o autor inspirado de Provérbios 9 admoesta seus ouvintes a fazer agora uma escolha entre dois estilos de vida: a sabedoria ou a loucura. Os primeiros seis e os últimos seis versos (Pv 9:1-6, 13-18) são simétricos e apresentam o contraste entre os dois grupos opostos.

6. Compare Provérbios 9:1-6 e Provérbios 9:13-18. Qual é a diferença entre a sabedoria e a loucura?

A. A sabedoria é eficiente e está envolvida na criação: sete verbos são usados para descrever os atos dela nessa atividade (v. 1-3). As sete colunas que ela lavrou (v. 1) remetem aos sete dias da criação. A loucura, em contraste, fica sentada e não faz nada, simplesmente fingindo ser alguém quando, na realidade, “é ignorante e não sabe coisa alguma” (v. 13).

B. Embora a sabedoria e a loucura convidem as mesmas pessoas (note que os versos 4 e 16 são idênticos), o que elas proporcionam é fundamentalmente diferente. A sabedoria convida seus hóspedes a comer o pão e a tomar a bebida que ela preparou (v. 5). A loucura não oferece nada para comer nem para beber; simplesmente se vangloria de provisões roubadas (v. 17).

C. A sabedoria nos chama a abandonar a loucura e, portanto, a viver. A loucura é mais tolerante; ela não exige que abandonemos nada, mas o resultado disso é a morte. Aqueles que seguem a sabedoria estão avançando; andam “pelo caminho do entendimento” (v. 6). Aqueles que seguem a loucura ficam estáticos, e “não sabem” (v. 18).

7. Leia Provérbios 9:7-9. Como o sábio e o perverso reagem à instrução da sabedoria? O que torna alguém mais sábio do que o perverso?

A chave para a sabedoria é a humildade. O homem sábio é o que está disposto a aprender e que recebe a instrução com mente aberta. A sabedoria só vem para aquele que, como uma criança, sente necessidade de crescer. É por isso que, da maneira mais explícita, Jesus ensinou que “se não vos [...] tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus” (Mt 18:3).

Sexta Ano Bíblico: Gn 48–50

Estudo adicional


“O Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha um companheiro – um cooperador que poderia apreciar Seus propósitos, e participar de Sua alegria ao dar felicidade aos seres criados. ‘No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus’ (Jo 1:1, 2). Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai – um em natureza, caráter, propósito – o único Ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. [...] E o Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo: ‘O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes de Suas obras mais antigas. [...] Quando compunha os fundamentos da Terra, então Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo’” (Pv 8:22-30; Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 34).

Perguntas para reflexão

1. Por que a crença no relato da criação de Gênesis é o fundamento da sabedoria bíblica? Por que a ideia da evolução é totalmente contrária à Bíblia?

2. A verdadeira sabedoria é algo que não podemos produzir por nós mesmos, mas nos é revelada. Quais são alguns exemplos de verdades importantes que nunca conheceríamos se não nos fossem reveladas por inspiração divina? Por exemplo, como poderíamos saber sobre a morte de Cristo na cruz e o que ela oferece se isso não nos fosse revelado? Que dizer do sábado ou da segunda vinda de Cristo?

3. Como a obra de Deus, revelada em Gênesis 1, testifica do fato de que o bem não pode estar misturado com o mal? Que implicações sua resposta tem para a ideia de que se poderia incorporar o conceito evolucionista à história da criação de Gênesis?

4. Como a alegria de Deus na criação nos ajuda a compreender como podemos ter uma experiência mais profunda e mais rica no sábado?

Respostas sugestivas: 1. A sabedoria é tão importante que todos devem entendê-la e buscá-la, e ela é essencial para os governantes, as autoridades e os juízes. 2. A sabedoria é mais preciosa do que as joias, e seu ensino, melhor do que a prata e o ouro. Nada se pode comparar a ela. 3. A sabedoria existia antes da criação e tomou parte na criação. 4. A sabedoria estava se regozijando porque sentia prazer em cada uma das obras da criação, especialmente na criação do ser humano. 5. Devemos dar ouvidos à sabedoria e buscar seus caminhos, pois os que acham a sabedoria encontram a vida, mas os que a rejeitam, estão escolhendo a morte. 6. A sabedoria é ativa, mas a loucura é indolente. Ambas convidam as pessoas, mas a sabedoria oferece alimento e bebida, enquanto a loucura não oferece nada para saciar a fome e a sede. A sabedoria convida para a vida, mas a loucura convida para a morte. 7. O sábio aceita a repreensão, mas o perverso a odeia. O sábio deseja crescer em conhecimento, mas o perverso não está interessado em avançar.

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